Após 64 dias internada, morreu, nesta terça-feira (1°/11), aos 84 anos, a bailarina e professora Ofélia Corvello. O horário do falecimento foi às 6h30. Ela sofria de mieloma múltiplo, um tipo câncer da medula óssea, e também de amiloidose, uma doença rara causada pelo acúmulo anormal de proteínas ao redor de alguns órgãos, como coração, rins ou fígado. Ofélia era viúva, deixou 2 filhos e 5 netos.
"Foram meses de sofrimento. Minha mãe lutou como uma guerreira até o fim. Mulher forte, exemplo de vida, companheira de vida e profissão, confidente, amiga e mãe", declarou a professora de ballet Regina Corvello, filha de Ofélia.
"Não foi fácil a luta contra o câncer, foi doloroso. Foram 64 dias internada, sendo 24 horas na UTI, teve alta, foi internada novamente, dores excruciantes, morfina, fratura na vértebra devido à doença, mas o mieloma múltiplo não tem cura", contou Regina. "Minha mãe virou um lindo anjo. Não direi adeus, direi apenas até breve. Te amarei eternamente. Vá em paz, em breve nos encontraremos", concluiu a filha.
Histórico de vida dedicado ao ballet
Formada pelo Teatro Municipal do Rio de Janeiro, Ofélia foi maitre de ballet, ou seja, a profissional que dirige os bailarinos do corpo de baile, coreografa, conduz ensaios e dá aulas em companhias de dança. Começou a trabalhar aos 11 anos e não parou mais até os 80. Ainda dava aulas de ballet no Curso de Dança Regina Corvello aos 80 anos.
Chegou a Brasília em 1978 e abriu a Academia de Ballet Ofélia Corvello. Entre 1993 e 2014, Ofélia residiu em Cabo Frio, no Rio de Janeiro, onde fez trabalho voluntário com 300 alunos. Foi responsável pela formação de diversos bailarinos que hoje atuam profissionalmente, entre eles, David Motta — primeiro bailarino da Staatballet Berlin, a principal companhia de dança da capital alemã.
O velório está marcado para esta quarta-feira (02/11) às 8 horas no Cemitério Campo da Esperança, Capela Especial 5. O sepultamento ocorrerá às 10h30.
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