Homenagens

Comércio de flores espera aumento nas vendas no Dia de Finados

Embora o movimento nas floriculturas para as homenagens do Dia de Finados ainda esteja baixo, comerciantes acreditam que vai melhorar até esta quarta-feira. Sejus estima a visita de 500 mil pessoas aos seis cemitérios do DF

Carlos Silva*Isac Mascarenhas*
postado em 01/11/2022 06:00 / atualizado em 01/11/2022 06:04
Lizandra Ribeiro Bertoni, 23 anos, dona de banca de flores no Campo da Esperança -  (crédito: Carlos Silva*//CB/D.A.Press)
Lizandra Ribeiro Bertoni, 23 anos, dona de banca de flores no Campo da Esperança - (crédito: Carlos Silva*//CB/D.A.Press)

Otimismo é o sentimento dos empresários do varejo de flores para o feriado de Finados. A um dia da data, os comerciantes avaliam que as vendas ainda estão abaixo do que foi em 2021, mas apostam que podem melhorar. Eles esperam zerar os estoques com a presença dos 500 mil visitantes nos cemitérios do Distrito Federal estimados pela Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) para este 2 de novembro.

A banca estava montada, nesta segunda-feira (31/10), em frente ao Campo da Esperança da Asa Sul. Até então, o movimento não era expressivo na loja da empresária Lizandra Ribeiro Bertoni, 23 anos, que viu um movimento menor do que no ano passado. Porém, ela se mantém otimista e confia que os que compram de última hora impactem nas vendas. "Não tem um volume grande de clientes, mas estão aparecendo. Deu para vender bastante. Acredito que, até quarta-feira, aumente", espera.

Entre idas e vindas, Kamila Dias, 33, trabalha no comércio de flores há 3 anos. Faz dois meses que ela voltou a atuar como vendedora no cemitério da Asa Sul. Ao contrário de Lizandra, ela percebe que as vendas estão fracas desde sábado (29/10), mas tem esperança que melhorem até esta quarta-feira (2/11). Ela aposta na saída de crisântemos para alavancar os negócios. "Minha chefe falou que o ano passado não foi dos melhores. Mas acho que ainda vai melhorar, porque tem algumas pessoas que compram no último dia. Aqui, vendemos mais crisântemos, que são as flores mais usadas e que o público procura mais", avalia.

Alguns consumidores relatam um cenário de aumento expressivo nos valores. Renata Rabelo, 33, moradora do Areal, aproveitou a segunda-feira (31/10) para prestar homenagem a um ente querido e preferiu não comprar flores, porque, para ela, encareceram bastante. "Os preços se tornaram abusivos, de certo modo. Acaba que as pessoas escolhem outras formas de homenagear, recorrem a flores de jardim ou que nascem perto de casa", afirma.

Marmoraria no Campo da Esperança
Marmoraria no Campo da Esperança (foto: Carlos Silva*/CB/D.A.Press)

O setor de lápides não mantém a boa expectativa das floriculturas e observou queda no faturamento. Ingride Sousa, 24, ajuda os pais em uma marmoraria, no Campo da Esperança. A jovem lembra que o ano passado foi de pouco movimento no Dia de Finados. Ao contrário dos floristas, a comerciante está mais preocupada com as vendas, porque o serviço oferecido requer mais tempo de entrega. "Para gravar as placas com os detalhes que os clientes querem precisamos de alguns dias, e já estamos em cima do Dia de Finados. Só falta um dia, então, não acho que as coisas vão mudar muito", lamenta.

Veja os preços médios

  • Coroa de flores: a partir de R$ 150
  • Meia coroa: a partir de R$ 120
  • Rosas: de R$ 8 a R$ 10 a unidade
  • Placa: de R$ 350 a R$ 500
  • Letra: R$ 2 (por unidade)
  • Impressão de foto na placa: R$ 150

*De acordo com os comerciantes, os preços das flores podem ser alterados no Dia de Finados

Funcionamento dos cemitérios

Os cemitérios do DF funcionarão com horário estendido durante o feriado de Finados e ficarão abertos das 7h às 19h. Além de bebedouros e banheiros químicos extras para os visitantes, também haverá vans que vão circular no interior de todas as seis unidades para fazer a ida e a volta das cerimônias religiosas. A Secretaria de Justiça e Cidadania (Sejus) vai disponibilizar atendimento psicológico e assistência social para os visitantes. Após o feriado, os locais voltam a funcionar normalmente, das 8h até às 18h.

*Estagiários sob a supervisão de Malcia Afonso

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