Morreu, no início da tarde desta segunda-feira (31/10), aos 59 anos, o professor João Marcos De Camillis Gil. Conhecido no Distrito Federal como professor João Marcos, ele preparava concurseiros para passar em certames. Além de ser educador, tinha um hobby pouco conhecido do público: a poesia infantil. “Ele sempre foi o melhor professor e o melhor ser humano. Fará muita falta”, diz o sobrinho, Luciano Gil.
João Marcos deixa uma filha e uma neta. O professor se separou da ex-esposa há alguns anos. Gaúcho de Porto Alegre, estudou Letras na Universidade de Brasília (UnB) e leciona, desde 1981, as disciplinas de Língua Portuguesa, Análise de Textos, Redação e Literatura Brasileira. Ele faleceu por volta das 13h40, no Hospital Regional do Paranoá. A família decidiu não dar mais detalhes sobre a causa da morte.
O educador, desde 1988, com vasta experiência em ensino médio e superior, trabalhava na preparação de concursos públicos para várias regiões do país, como Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Goiânia, Vitória, entre outros, na Gran Cursos Online. Ele também ministrou cursos de reciclagem na Escola de Administração Fazendária (ESAF). Marcos também deu aula de português nos colégios Objetivo e Marista. “Éramos muitos próximos. Eu tive aula com ele, e ele sempre foi o melhor professor de português”, cita o sobrinho.
O amor à poesia
“Um aperto que dói”. O jornalista, poeta e cronista Vicente Sá, conhecido por ser autor de vários livros repletos de emoções, acabou faltando com as palavras para descrever a amizade com João Marcos, o qual a conhecia há mais de 40 anos. "Nos conhecemos nas reuniões literárias, da Asa Norte. Ao lado dele, lançamos um livro infantil, no Conjunto Nacional, há alguns anos. Era uma figura maravilhosa", disse o poeta.
Em vida, apaixonado pela poesia e pouco adepto a fotografias, João Marcos escreveu muitos poemas infantis, mas nunca chegou a publicar o seu primeiro livro de sua autoria. Ironicamente, João Marcos nos deixou no Dia Nacional da Poesia, comemorado nessa segunda-feira (31/10), deixando um vasto material de textos guardado e a saudade daqueles que o mais admiravam. "Ele sempre me mandava os textos, e vice-versa. Nossa amizade consistia nisso. Ele nunca teve o seu primeiro livro. Um trabalho tão incrível nesses 50 anos de poesia. Como homenagem, veremos se ele estava guardando um material e publicar, como forma de reconhecimento por tudo que ele fez", diz Vicente Sá.
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*Estagiário sob supervisão de Ronayre Nunes