A votação na IESB da Asa Norte foi tranquila e rápida ao longo do dia. Segundo eleitores que circularam pelo local, a Polícia Federal estava presente, mas, aparentemente, só fez uma vistoria, sem nenhuma ocorrência.
Para Daniel Castanheiro Pita Costa. 47 anos, servidor público federal e morador da Asa Norte, o importante é que o "pesadelo" acabe e o resultado das urnas seja respeitado. "O sentimento, não sei. Difícil dizer porque do outro lado tem pessoas que são claramente golpistas, gostam de experiência de fora da lei espero que o Lula vença, espero que o resultado das urnas seja respeitado, é isso", disser o servidor.
O eleitor acredita que o lema do atual presidente na campanha é fraco e que é preciso recuperar valores como direitos aqduiridos e respeito à lei. Costa citou o episódio envolvendo a deputada federal Carla Zambelli, que perseguiu, armada, um jornalista que a criticou na tarde de sábado, nas ruas dos Jardins, em São Paulo. "Os poderosos querem fazer o que querem com esse país. Desmatar, matar índio, não respeitar as leis, ganhar dinheiro de qualquer forma, sem leis trabalhistas. Então espero um retorno à civilidade a isso. Um retorno a gente voltar a achar que a gente mora num país com pretensões de ser mais civilizado, para fazer parte do das grandes promessas do ocidente", diz.
Para o militar Abraão da Silva Lima, 31 anos, morador da vila planalto o momento é um marco na história do país. “É, momento importante, né? Na história do nosso país, né? Importante ouvir as urnas. Independente de qual candidato escolher, escolher aquele melhor lhe representa pra comandar o nosso país aí pelos próximos quatro anos", disse o militar, que espera a continuidade do atual governo. "Espero que ele continue, buscando melhorias pra nossa nação, principalmente no momento agora pós-pandemia. A inflação está reduzindo e espero que o país possa crescer cada vez mais e melhorar a vida da do povo brasileiro."
Ele aposta que, se reeleito, Bolsonaro poderá aprovar pautas de interesse do país no Congresso e retomar as reformas tributárias e política. "Infelizmente, por não ter a maioria no Congresso, essas pautas foram deixadas, foram paradas", lamenta Lima.
Vitor Pereira, 28 anos, morador de Brasília e servidor público, acha que as eleições ocorreram com tranquilidade. "Em comparação as últimas eleições presidenciais, no geral, estou achando bem tranquilas. Do futuro presidente que ganhar, espero compromisso e que possa governar pra todos", diz. O servidor também espera que a divisão e a polarização diminuam, até porque há um equilíbrio entre a quantidade de eleitores que apoiam um ou outro candidato. "Acredito que o resultado das urnas vai ser respeitado, acho que nossa democracia, apesar de nova, está se consolidando."
*Estagiária sob a supervisão de Nahima Maciel