O frio de 18°C e a previsão de chuva não impediram os moradores de Águas Lindas (GO), no Entorno, de saírem de casa para exercer o direito de votar. Mesmo com o preço das passagens maior que a multa por ausência, a população entende que a democracia é prioridade.
Nascido e criado em Brasília, Vicente de Paula Souza veio há 10 anos para o Entorno em busca de uma vida melhor. Não queria pagar o aluguel tão caro de Taguatinga. O aposentado de 61 anos, acordou às 5h, -- com preguiça, confessa em tom de brincadeira. "O povo está muito sofrido. A gente tem votar para ver se põe um governo que coloca o Brasil para frente", aguada.
Algumas paradas de ônibus depois, no bairro Camping Clube, Marcos de Souza Dias, 50, esperava a condução para Brazlândia, cidade onde vota. Perguntado o motivo de votar na cidade do DF o vigilante disse que não mudou o local de votação "por pura preguiça". "Mas moro aqui há três anos e nunca deixei de votar ", diz. Para o Brasil, Marcos espera uma melhora. Por isso, "madrugou". Votando desde os 16 anos, ele vê um clima diferente nessas eleições. "Vou pela democracia", afirma convicto.
Já Cristóvão Baltazar, 77, aproveitou que ficou acordado assistindo ao Corujão para ir votar. O voto para maiores de 70 não é obrigatório, mas para servidor público, só assim é possível cobrar os políticos. "Quem não vota é por preguiça ou má vontade". Cearense, mudou-se para o DF em 1963, agora vive em Águas Lindas. Não faltou a nenhum pleito e vê algo diferente em 2022: a bagunça.
Estagiário sob a supervisão de Vinicius Nader
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