O transporte público coletivo gratuito no domingo (30/10) do segundo turno das eleições no Distrito Federal será uma oportunidade para diminuir a abstenção de eleitores na capital. A afirmação foi feita pelo presidente do Tribunal Regional Eleitoral do DF (TRE-DF), desembargador Roberval Belinati, durante entrevista ao jornalista Carlos Alexandre de Souza no CB.Poder, programa da TV Brasília em parceria com o Correio.
Para Belinati, a decisão da Justiça do DF é importante porque ajuda a diminuir a abstenção na capital federal, que foi de 17,54% no primeiro turno no DF, quando 300 mil eleitores deixaram de comparecer às seções eleitorais. “Aumenta a sensibilidade do eleitor carente, aquele que não pode pagar a tarifa de ônibus. Agora ele não vai pagar nada, é um motivo a mais para ele votar”, opina o desembargador.
O metrô e os ônibus do transporte público coletivo do Distrito Federal vão funcionar gratuitamente das 6h às 19h no domingo (30/10), durante o segundo turno das eleições. A medida da Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) cumpre a decisão da Vara de Meio Ambiente, Desenvolvimento Urbano e Fundiário do Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios (TJDFT) para facilitar a participação dos eleitores no dia da votação.
Os ônibus vão circular nos horários da tabela de sábado, com reforço de viagens nas linhas mais demandadas para aumentar a oferta no domingo de eleições. Além disso, a Semob vai adotar a tabela de dia útil nas áreas rurais, para que não falte transporte público aos eleitores de todo o DF.
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“Escolha o melhor candidato”, diz presidente do TRE-DF
Roberval fez um pedido aos eleitores aptos a votarem no domingo para escolherem algum o próximo presidente da República. "Escolha, no domingo, o melhor candidato. Mas, se não puder escolher o melhor candidato, que escolha o que achar melhor, mas escolha alguém e não vote em branco ou nulo porque isso é um compromisso que o eleitor tem, em participar da vida ativa da nação", sugere o presidente do TRE-DF.
O Tribunal Regional Eleitoral do DF também organiza as eleições dos brasileiros que se cadastraram para votar no exterior. No primeiro turno, houve votação em 102 países e 697 mil pessoas se cadastraram. Desses, apenas 302 mil eleitores residentes no exterior votaram nas últimas eleições, com filas em Paris, problemas em Lisboa e nos Estados Unidos.
Para minimizar o problema, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou que a Justiça Eleitoral fizesse uma comissão e desse apoio aos mesários do exterior.
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Roberval Belinati acrescenta que o TRE-DF enviou, nesta quarta-feira (26/10), 14 assessores para os Estados Unidos, e o Itamaraty irá mandar mais 40 assessores que vão ajudar no processo de votação de países da Europa.
"Temos 21 servidores da Justiça Eleitoral que moram no exterior em regime de teletrabalho, que vão participar da organização dessas eleições no exterior. Queremos reduzir as filas nesses locais problemáticos no exterior e diminuir a abstenção", declara o presidente do TRE-DF.