Irregularidade

Empresário do DF demitiu empregado que votou em candidato diferente do dele

Dono da padaria localizada no Lago Norte afirmou, em audiência, que "tudo não passou de um mal entendido". Ele terá que colocar cartaz sobre assédio eleitoral no estabelecimento e se retratar com demais empregados

Após demitir um funcionário que votou em um candidato oposto ao que considerava ideal, empresário do DF, dono de uma padaria do Lago Norte,  foi acionado na Justiça e teve que assinar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) com o Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal (MPT-DF) se comprometendo a se retratar com os demais funcionários do estabelecimento comercial.

No documento, representado pela procuradora Maria Nely Bezerra de Oliveira, o proprietário da padaria garantiu que a empresa não irá mais praticar assédio eleitoral contra os funcionários. 

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A assinatura do compromisso é resultado de investigação do MPT, que constatou o assédio eleitoral após receber denúncia de trabalhador demitido por votar em candidato oposto ao escolhido pelo patrão. Em audiência, o empresário afirmou que “tudo não passou de um mal-entendido”, e se comprometeu a realizar a retratação aos empregados ameaçados ou dispensados em razão da opção de voto.

O documento prevê, expressamente, que ameaças, promessas de benefícios financeiros ou orientações com o intuito de induzir, obrigar ou constranger empregados, terceirizados, estagiários e aprendizes a votarem ou não em candidatos estão proibidas.

Também ficou ajustado que a Ilha dos Pães deve providenciar a confecção de cartaz sobre o tema de assédio eleitoral no ambiente de trabalho para fixação em local visível no estabelecimento, até o final do período eleitoral.

O Correio entrou em contato com o dono da padaria Ilha dos Pães, mas até a publicação desta reportagem, ele não retornou. O espaço segue aberto para manifestações.

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Como denunciar

A empresa deve comprovar o cumprimento das obrigações em até 24 horas. Qualquer pessoa pode denunciar eventual descumprimento do TAC ao Ministério Público, que investiga a situação e oferece ampla defesa e o contraditório à empresa.

Com informações do MPT-DF.