O deputado distrital eleito Pastor Daniel de Castro (PP) afirmou, nesta quarta-feira (19/10), ao CB. Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — que o mandato do governador Ibaneis Rocha foi prejudicado pela proliferação da covid-19. "Brasília vai conhecer uma grande gestão do governador Ibaneis, a partir de 2023", garantiu. Com mais de 20 mil votos para a Câmara Legislativa, ele adiantou que sua prioridade será a pauta da família. "A gente está vivendo um tempo que a sociedade moderna vai evoluindo, vai criando tipos de família que eu não concordo", disse.
Outro ponto de atenção será a região administrativa de Vicente Pires, da qual foi administrador. Ele assegurou que, quando as chuvas recomeçarem, a cidade não enfrentará mais alagamentos. Elencou ainda como prioritárias as áreas de saúde, esporte, educação e infraestrutura.
Daniel de Castro adiantou que deve apoiar Washington Luiz (MDB) para a Presidência da CLDF e que não é hora de colocar em discussão uma possível candidatura da vice-governadora eleita, Celina Leão, à sucessão no Buriti.
O senhor chega pela primeira vez à Câmara Legislativa, depois de duas tentativas. Quais são as suas prioridades?
A bandeira prioritária é a da família. É uma pauta que eu defendo há muito tempo. Família, seus valores, coisas que são muito intrínsecas conosco das igrejas. Mas nós vamos trabalhar nessas outras bandeiras: esporte, educação, infraestrutura e saúde. (...) A bandeira da família será sempre uma pauta prioritária pra mim. Depois dela vou trabalhar muito a área da saúde.
O ex-presidente Lula divulgou uma carta para a comunidade evangélica onde ele diz que é contra o aborto, defende a família. O senhor acha que ele pode virar votos?
Eu não creio que ele vire não. Eu não tive acesso a carta ainda, só um pouquinho que estava lendo. O presidente Lula também tem comunicação com o evangélico porque tem gente em todos os lados, né?
E em relação a essa caminhada de Simone Tebet em Brasília para apoiar Lula?
Com todo respeito à senadora, mas o grande líder de Brasília é o governador Ibaneis, que é do é do MDB (mesmo partido de Tebet) e ele já se posicionou.
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Deputado, o senhor também foi administrador de Vicente Pires. Lá, na época que tinha chuva, alagava tudo. Daqui a pouco começam as chuvas. O senhor promete que não alaga mais?
(...) Toda a rede de drenagem já está colocada em carga, ou seja, está toda ligada. Na chuva desse ano que teve só alagou um pedaço da rua 5, porque ela não estava feita. Essa rua já está quase toda com asfalto, faltando uns 300m entre as ruas 5 e 6, que recebe a capa asfáltica, sábado agora. Toda a cidade está asfaltada, toda a rede está pronta, as bocas de lobo abertas. Então, eu creio que essa chuva já não trará mais transtorno para Vicente Pires.
Quem o senhor vai apoiar para presidente da Câmara Legislativa? O senhor vai sair candidato?
Eu gostaria e quero apoiar o Washington Luiz (MDB). Acho que tem o perfil e tenho conversado com ele, mas também não se lançou ainda. (...) Eu não sou candidato, não tenho nenhum interesse. Mas eu defendo que seja alguém do MDB, que tenha comunicação forte com o governador.
O senhor é do mesmo partido que a vice-governadora Celina Leão, que tem pretensões de, se for possível, se lançar candidata ao governo do DF. O senhor apoiaria?
Celina é minha presidente (regional do partido) e o grande objetivo dela é ajudar o governador. Ela tem deixado claro que não colocará o carro na frente dos bois, de maneira nenhuma. Esse é o tempo do governador Ibaneis. Eu conheço o Ibaneis da OAB, tem uma capacidade fenomenal. Brasília não conheceu o governador Ibaneis, porque ele foi pego com dois anos de pandemia. Brasília vai conhecer uma grande gestão do governador Ibaneis, a partir de 2023, tenho convicção disso. (...) A Celina será naturalmente governadora. Quando? Abril de 2026, se o governador desincompatibilizar para disputar alguma eleição. Aí, ela assume o governo.
O senhor falou na pauta da família. Queria que o senhor detalhasse um pouquinho mais.
Valores. A gente está vivendo um tempo que a sociedade moderna vai evoluindo, vai criando tipos de família que eu não concordo. Aceito, porque cada um faz o que quer, mas, por exemplo, como é que eu vou concordar nós termos banheiros unissex? Pra uma pessoa que é homem — e se diz que é mulher — usar o banheiro que a minha filha vai usar? Eu tenho três filhas. Como é que eu posso aceitar uma coisa dessas? Nós temos que respeitar os espaços de todos. (...) São bandeiras que eu me posicionei e vou me posicionar contrariamente. É nesse contexto que eu falo que a minha bandeira é a família, pra ser contra aborto, contra a legalização das drogas, contra o casamento de pessoas do meso sexo. Vou respeitar, mas vou me posicionar como sempre. Eu nunca fiquei em cima do muro.
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*Estagiário sob a supervisão de Malcia Afonso