O CB.Poder — parceria entre Correio e TV Brasília — desta terça-feira (18/10) recebeu Ricardo Vale, deputado distrital eleito pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Na entrevista à jornalista Ana Maria Campos, ele falou sobre a campanha de Lula no Distrito Federal para o segundo turno das eleições, o desempenho do PT na capital e a oposição ao governo de Ibaneis Rocha.
Vale continua em campanha na busca de votos para o candidato Lula na disputa ao Palácio do Planalto. Embora avalie que o presidente Bolsonaro tem popularidade expressiva no DF, ele acredita que é possível reverter o cenário em favor do PT. “Do ponto de vista estrutural, a campanha do Lula, hoje, com os nossos aliados, empatou o jogo. Inclusive, vemos nas ruas mais militantes dele do que do Bolsonaro. Com a força da militância do PT, podemos virar o jogo aqui, no segundo turno, e vencê-lo”, afirmou.
Queda na rejeição ao PT
O deputado eleito também avalia que a rejeição ao PT tem diminuído na capital. Para ele, isso é demonstrado pelo surgimento de novas lideranças petistas e pelo desempenho dos candidatos da sigla: Leandro Grass, que concorreu ao Governo do Distrito Federal; Rosilene Correa, que disputou a vaga para o Senado; e Érika Kokay, reeleita para a Câmara Federal. “O PT cresceu de novo e está retomando a confiança do povo do distrito federal”, destacou.
Ricardo Vale disse que o uso de fake news por parte de opositores ainda dificulta a campanha do PT no DF, mas, para ele, isso não afetará de modo relevante a campanha do partido. “É muita mentira. Em 2018, falaram de mamadeira de piroca e kit gay. Agora, mudaram. Falam que igrejas serão fechadas e outros absurdos. A população acaba ficando com medo do PT e do Lula, mas eles não conseguirão nos prejudicar”, afirmou.
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Papel na oposição
Vale mantém bom diálogo com o governador Ibaneis e prevê oposição baseada no apoio a projetos que sejam benéficos para a cidade, sendo a saúde o principal foco. “O fato de ser oposição não significa ser inimigo. Podemos ajudar. Por exemplo, o governador disse que vai resolver a questão da saúde. Vou ajudar e cobrar. O que for bom vamos apoiar. E o que for ruim vamos cobrar”, adiantou.
Em nível nacional, o petista analisou que o PT cresceu como oposição, devido aos erros do atual governo, ao longo dos últimos quatro anos. “A vida das pessoas piorou demais e, naturalmente, elas fizeram uma comparação entre as políticas públicas do governo Lula e as do governo Bolsonaro. Naturalmente, crescemos”, concluiu.
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