Jessivan Leal Araújo, 30 anos, motorista que atropelou e matou Renan Pires de Araújo, 33, na DF-480, sentido Gama, na madrugada de 21 de maio, vai a júri popular. A decisão, proferida nesta terça-feira (11/10) pelo Tribunal do Júri e Vara dos Delitos de Trânsito do Gama, também manteve o autor preso. A data do julgamento não foi informada.
A juíza Maura de Nazareth acolheu denúncia do Ministério Público (MPDFT) e Jessivan será julgado por homicídio qualificado. Em relação às qualificadoras, a magistrada destacou na decisão que “há indícios de que os fatos teriam sido praticados com emprego de perigo comum, uma vez que há elementos nos autos que apontam que o réu imprimiu elevadíssima velocidade, colocando inúmeras pessoas em risco”.
“Quanto à qualificadora da impunidade, extrai-se dos autos indícios de que o réu pretendia assegurar sua fuga e consequente impunidade quanto ao crime de embriaguez ao volante, de modo que também presente a necessidade desta circunstância ser submetida à análise pelo Conselho de Sentença”, acrescentou a juíza, lembrando que Jessivan também estava bêbado no momento do atropelamento.
Relembre o caso
Renan Pires morreu após ser atropelado e arrastado em 21 de maio. Segundo o Corpo de Bombeiros, a cena indicava que o motociclista foi arrastado junto ao veículo que estava a bordo. Quando os militares chegaram ao local, Renan já estava sem vida e o motorista havia fugido.
Jessivan, contudo, foi capturado por policiais militares e preso em flagrante. O teste do bafômetro acusou 0,40 mg/l — resultado acima de 0,34 mg/l, que é considerado crime de trânsito. O motorista responsável pelo crime conduzia um Volvo XC60 que, em modelos novos, tem preço inicial de R$ 390 mil.