O Distrito Federal apresentou deflação pelo terceiro mês seguido, de 0,26%, segundo dados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado nesta terça-feira (11/10) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Apesar disso, o acumulado do ano segue em alta na capital do país: 3,75%. Na soma dos últimos 12 meses, o índice é ainda maior: 6,63%.
A queda no IPCA foi puxada pelo setor de transportes, que teve baixa de 2,29%, e impactou no índice de setembro em -0,53 ponto percentual, segundo o IBGE. O ramo que teve maior redução foi o de combustíveis, com 7,87%. O instituto também ressaltou que o grupo de transportes acumula queda de 5,04% no ano.
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Outro setor que sofreu um recuo no IPCA de setembro foi o de comunicação (-1,03%). No DF, de acordo com o índice do mês passado, a queda foi puxada pelo valor do acesso à internet (-10,95%) e no combo de telefonia, internet e tv por assinatura (-1,84%). Somados, os subitens contribuíram com -0,06 ponto percentual, de acordo com o IBGE.
O grupo alimentício também teve impacto na deflação de setembro, registrando queda de 0,23%. O grande fator de influência para a baixa no setor foi o item leites e derivados (-6,31%). O leite longa vida sofreu recuo de 11,97% no preço, em setembro, de acordo com os dados do IPCA. Mesmo assim, o IBGE alertou que o preço do produto ainda acumula elevação de 62,01% no ano.
Altas
Mesmo com a deflação, o instituto destacou que cinco dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados apresentaram alta. O maior impacto (+0,14 ponto percentual) veio do grupo despesas pessoais, que registrou, em setembro, variação positiva de 1,19% — puxado pelos gastos em hospedagem (5,0%), serviço bancário (1,56%) e empregado doméstico (0,66%).
Conforme o levantamento divulgado, o segundo maior impacto positivo no IPCA (0,09 ponto percentual) ficou com o grupo saúde e cuidados pessoais (0,64%), com destaque para plano de saúde (1,00%), produtos farmacêuticos (0,75%) e serviços laboratoriais e hospitalares (1,76%).