O motorista acusado de atropelar e matar mãe e filha em uma faixa de pedestre em Planaltina permanecerá preso e passará por audiência de custódia na manhã desta terça-feira (11/10). João Batista Siqueira, 36 anos, foi indiciado pela Polícia Civil (PCDF) por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. A tipificação pode mudar para doloso, a depender das investigações.
À polícia, João disse que faz uso de medicamentos controlados, o que poderia ter motivado o atropelamento. A versão é a mesma contada por familiares dele, que afirmam que João estaria passando por acompanhamento psiquiátrico em decorrência de alguns problemas. O advogado de defesa do motorista, Márcio Túlio, afirmou que se manifestará nos autos. "Ainda não tive a oportunidade de conversar com ele. Assim que tivermos novidades, repassaremos", informou.
A moto usada por João ficou a cerca de 300 metros do local do acidente, indicando que o motorista estava em velocidade altíssima, segundo afirma o diretor de Policiamento do Departamento de Trânsito (Detran-DF), Wesley Cavalcante. "Segundo testemunhas e pelo que foi analisado preliminarmente, ele estava a 150km/h, o que é uma velocidade absurda. Mas isso só quem vai dizer é a perícia", frisou. A velocidade da via é de 60km/h.
Vítimas
Sandra Sousa Freire, 33 anos, e a filha Heloísa Sousa Freire, 3, estavam no dentista na companhia de uma amiga, quando foram até uma farmácia próxima. No momento em que atravessavam a faixa, foram atingidas pela moto. Sandra estava com a criança no colo, mas, com o impacto da batida, a menina foi arremessada e a mulher teve a perna decepada. As duas morreram na hora.
João não sofreu ferimentos graves. Ele passou pelo teste de bafômetro, que deu negativo. Sandra deixa o esposo e outros dois filhos, de 14 e 6 anos.