Seis escolas públicas do Distrito Federal receberam prêmios, na manhã desta segunda-feira (10/10), por projetos de conscientização contra a violência de gênero. A cerimônia da 3ª edição do Concurso de Seleção de Práticas Inovadoras do Programa Maria da Penha Vai à Escola ocorreu no auditório do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT) e contou com a presença de representantes da Secretaria de Educação, da Segurança Pública, da Ordem dos Advogados do DF (OAB) e do próprio TJDFT.
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A coordenadora do Núcleo Judiciário da Mulher (NJM), juíza Gislaine Campos Reis, destaca a qualidade dos projetos. “A gente percebe a dedicação das escolas, da gestão e dos estudantes nessas iniciativas. E é um trabalho lindo porque ele atua na ponta, na mudança da cultura da nossa sociedade”, avalia.
O Programa Maria da Penha Vai à Escola já atingiu, segundo o TJDFT, cerca de 139 mil pessoas diretamente, além da parcela da população que teve acesso às produções de forma indireta. Confira os ganhadores:
1º lugar — Retratos do Cotidiano, Centro de Ensino Médio Elefante Branco
Trata-se de peças teatrais, nas quais os alunos recriam cenas diárias com episódios de violência. Em interação com a plateia, os artistas congelam a encenação momentos antes de ocorrer algum episódio de violência. A plateia pode interferir e mudar o rumo da narrativa.
2º lugar — Dia de Visita dos alunos da 1ª Etapa do segmento da Educação de Jovens e Adultos (EJA), Centro Educacional 1 de Brasília
Professoras do sistema prisional, durante a pandemia, escreveram “cartas aulas” para os alunos e promoveram uma reflexão de como esses presos tratavam as visitantes.
3º lugar — Flores na Escola, do Centro Educacional 310 de Santa Maria
A gestão escolar ressignificou o espaço do banheiro feminino, disponibilizando absorventes e mensagens de autoestima e representatividade para as meninas.
4º — Quebrando Paradigmas, da Escola Classe 62 de Ceilândia
O projeto contou com apresentações lúdicas e reuniões com as mães dos alunos. Para isso, convidou advogados e palestrantes para que pudessem orientar essas mulheres, sendo que muitas delas eram vítimas de violência.
5º — Super Bate-Papos, da Sala de Recursos Altas Habilidades/Superdotação de Santa Maria
A unidade promoveu debates com escritores e artistas de minorias, como negros, deficientes, mulheres e indígenas. O foco foi conversar com os alunos sobre a literatura como instrumento de denúncia.
6º — Combate à violência contra à mulher, Escola Cívico Militar 507 de Samambaia
O foco da proposta foi abordar temáticas femininas, como as mulheres inspiradoras ao longo do século XX, as mulheres no esporte e o estudo dos dados estatísticos relacionado a violência contra a mulher.