A Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do DF (CLDF) solicitou apuração sobre a morte de uma mulher no Hospital de Base. A vítima estava em situação de rua e, segundo depoimentos preliminares dados pela polícia, tentou esfaquear um rival e um médico da unidade quando foi baleada por um policial que estava no local.
No parecer emitido pela Comissão de Direito, há o pedido para que o caso seja apurado levando em conta a situação de vulnerabilidade da mulher, a suspeita de transtorno mental e por ela estar em situação de rua. A família da vítima também se mobiliza com um pedido de perícia, “para verificar se a cidadã estava grávida, pois há relatos de que estava gestante”, aponta o parecer.
O parecer requer também "a apuração das circunstâncias do óbito. Solicita ainda o acesso aos registros das câmeras do Hospital de Base no momento do ocorrido e a cópia do boletim de ocorrência. Pede também que seja feita a retificação da certidão de óbito (documento anexado) visto ela ter filho e tal informação não constar na referida certidão”.
Relembre o caso
A mulher em situação de rua foi morta por um policial civil à paisana após tentar esfaquear pacientes e funcionários na emergência do Hospital de Base. Segundo a polícia, mais cedo a mulher e o companheiro teriam esfaqueado um morador de rua nas redondezas. A vítima foi levada de ambulância para a emergência do hospital e, horas depois, o marido chegou ao local com o dedo machucado.
Do lado de fora, a mulher tentou entrar na sala onde o marido estava, mas foi impedida inicialmente pelos seguranças. Depois, ela teria sido liberada, mas ao ver que o companheiro não estava sendo atendido, ela partiu para cima do médico. O relato de testemunhas é que ela não atendeu ao pedido do policial e continuou a ameaçar funcionários e pacientes. Para impedir a mulher, o policial disparou.
Em nota, a Polícia Civil do Distrito Federal informou que casos investigados em sede de Corregedoria Geral de Polícia correm em sigilo, por determinação legal. "Os processos administrativas instaurados contam com um protocolo investigativo, respeitando os ditames constitucionais e legais vigentes, garantindo aos envolvidos o contraditório e a ampla defesa", relata.
O texto também explica que "ao final da apuração, a administração tomará as providências administrativas e criminais cabíveis, se for o caso". "Até lá, não haverá divulgação de informações aos profissionais de imprensa", finalizou a nota.
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