Izalci Lucas, do PSDB, declara apoio a Bolsonaro no segundo turno

Posição do senador, que disputou o GDF e terminou em 6º lugar, choca-se com a decisão do Cidadania, que é da federação do partido de Izalci. Cidadania declarou apoio a Lula

Ed Alves e Bárbara Cabral/CB/DA Press

O senador Izalci Lucas (PSDB), que disputou o governo do Ditrito Federal nestas eleições pela federação PSDB-Cidadania e PRTB, vai apoiar a reeleição de Jair Bolsonaro (PL) na corrida presidencial do segundo turno. O ex-candidato ao GDF, que terminou o pleito em 6º lugar, com 4,26% dos votos, confirmou a informação ao Correio na noite desta terça-feira (4/10).

Ele não revelou, contudo, se o apoio será apenas formal ou se pretende pedir votos para Bolsonaro ou estar no mesmo palanque do presidente. "Vou apoiar o presidente Bolsonaro no segundo turno porque o considero a melhor opção para o Brasil. Participei de todas as CPIs que investigaram as denúncias contra a gestão do PT. Não esqueço o que vi e ouvi. Estarei sempre defendendo o que é melhor para o Brasil e para os brasileiros", afirmou o senador. 

Mais cedo, Beth Cupertino (PRTB), vice de Izalci na chapa que concorreu ao Buriti, também havia declarado voto no atual ocupante do Planalto. "Continuemos firmes em um mesmo propósito, para juntos formarmos uma corrente fortalecida pela democracia e com liberdade de expressão da verdade, porque em prol da família, liberdade e amor a Deus, o Brasil jamais será vermelho", disse Beth Cupertino.

O endosso de Izalci à reeleição de Bolsonaro choca-se com a posição nacional do Cidadania, que decidiu estar ao lado do ex-presidente Lula (PT), na tarde desta terça-feira (4/10). O PSDB, por sua vez, liberou os diretórios regionais sobre a determinação de apoio no segundo turno das eleições presidenciais.

Mais cedo, pelas redes sociais, a senadora Leila do Vôlei (PDT), colega de parlamento de Izalci, publicou nas redes sociais que seguirá a determinação nacional do PDT e apoiará a volta de Lula ao Palácio do Planalto. Ela terminou a disputa pelo GDF à frente de Izalci, com 4,81%.

"Acato a decisão da executiva nacional [do PDT] justamente por entender que os partidos defendem pautas comuns, como o fortalecimento da educação, da cultura, das instituições brasileiras e das legislações trabalhistas. No Senado Federal, continuarei na luta por mais mulheres nos espaços de poder. Sou uma voz da persistência e da resiliência feminina. Minhas posições sempre serão a favor de um Brasil mais justo, democrático e sustentavelmente desenvolvido", escreveu Leila.

Entre os que concorreram ao GDF, além da senadora, estão com Lula Leandro Grass (PV) e Keka Bagno (PSol). Bolsonaro tem Izalci, o governador reeleito Ibaneis Rocha (MDB) e Coronel Moreno (PTB), que acumulou 5,68% dos votos.