Maus-tratos

Suspeito de atirar contra cachorros no DF efetuou ao menos 10 disparos

Um dos cães sofreu perfurações que acertaram de raspão o coração, atingindo o pulmão, fígado e pâncreas. Ele está em observação. Outro morreu no local. A cachorra ficou com uma bala alojada na bochecha

O suspeito de abrir fogo e atirar contra três cachorros em um haras de Santa Maria efetuou ao menos 10 disparos contra os animais. Dois dos cães, o Guilhermino e a Pretinha, estão sob observação em uma clínica veterinária do Novo Gama (GO) (veja o vídeo abaixo). Já o terceiro, não resistiu aos ferimentos e morreu no local. Até a última atualização desta reportagem ninguém havia sido preso.

Ao Correio, a médica veterinária Jaqueline Sousa Pereira, da VetBaruc Clínica Veterinária, detalhou o quadro de saúde dos dois cachorros. “O Guilhermino e a Pretinha chegaram sangrando bastante, mas o quadro mais delicado é o do Guilhermino. Ele levou vários tiros ao longo do corpo, que acertaram de raspão o coração, atingindo o pulmão, fígado e pâncreas e perdeu muito sangue”, explicou. Confira a explicação da médica logo abaixo. 

No momento da anestesia, o cachorro se manteve instável e sofreu uma queda de pressão, mas resistiu. “O nosso desafio, agora, é ver como ele vai se recuperar nas próximas 72 horas”, completou a médica veterinária. O caso da Pretinha é mais leve. A cachorra levou dois tiros, um no tórax e outro no rosto. A bala ficou alojada na bochecha. Segundo a veterinária, os tiros não chegaram a lesionar, e ela passará por uma cirurgia nesta terça-feira (4/10) para a retirada dos fragmentos.

Violência

Os policiais militares do 26º Batalhão da PMDF foram acionados para uma ocorrência de maus-tratos a animais por volta das 9h de segunda-feira (3/10). Responsável pela equipe, o tenente Pedro Henrique destacou que, quando as equipes chegaram ao local, foram informados que um homem em um carro teria passado pelo local e disparado tiros contra três cachorros.

Um dos cães morreu na hora. “Por ser uma zona rural e de difícil acesso, não tinha câmeras no local, o que dificultou a identificação do suspeito”, afirmou o tenente. O caso foi registrado na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria).