No terceiro andar de um prédio da quadra 28 do Paranoá, um jovem de 23 anos atirou contra policiais militares do Gtop 40 Alpha, por volta das 2h18 desta terça-feira (4/10). O rapaz usou a arma do pai, que é Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), com registro de posse de arma autorizado pela Forças Armadas e Defesa Civil no país.
Saiba Mais
Os disparos atingiram o soldado Victor Bueno Resende de Assumpção, do 20º Batalhão de Polícia Militar (BPM), da região. Ele foi atingido no ombro esquerdo e foi prontamente socorrido na própria viatura ao pronto-socorro do Hospital Regional do Paranoá (HRPa). Posteriormente, o militar foi encaminhado a um hospital particular em condição estável.
Após avaliação médica, foi constatado que o policial não corre risco de morte. Os três suspeitos foram detidos por outras guarnições (Gtop 40 B, Patamo e RP). Duas armas foram apreendidas pelos PMs: uma Pistola, da marca Taurus modelo G2C, calibre 9mm, numeração ACN774276, com 90 munições do mesmo calibre e oito munições .40, ambas intactas, dez munições e dois carregadores foi apreendida.
Jovem preso por tentativa de homicídio
O pai e o filho foram conduzidos à 6ª DP (Paranoá), que investiga o caso. O jovem foi autuado por tentativa de homicídio. A reportagem perguntou à PCDF sobre o que deve ocorrer com o pai, mas não deu detalhes.
A Polícia Civil acrescentou que policiais militares do 20º BPM foram a uma quadra do Paranoá para atender a uma solicitação de disparo de arma de fogo. Segundo a corporação, a arma de fogo foi apreendida e encaminhada ao Instituto de Criminalística (IC).
O Correio tenta contato com a Defesa Civil e Forças Armadas para saber quais punições os envolvidos do caso devem receber, mas até a publicação desta reportagem, não tivemos resposta. O espaço segue aberto para manifestações.
Saiba Mais
O que diz a lei?
Segundo o artigo 5º do decreto nº 9.846 de 25 de julho de 2019 — que trata do registro, cadastro, aquisição de armas e de munições por caçadores, colecionadores e atiradores — determina que os colecionadores, atiradores e caçadores poderão portar uma arma de fogo de porte municiada, alimentada e carregada, pertencente a seu acervo cadastrado no Sigma (Sistema de Gerenciamento Militar de Armas), no trajeto entre o local de guarda autorizado e os de treinamento, instrução, competição, manutenção, exposição, caça ou abate.
A medida vale por meio da apresentação do Certificado de Registro de Arma de Fogo e da Guia de Tráfego válida, expedida pelo Comando do Exército. Entretanto, o jovem que atirou contra o policial militar estava na residência particular e não em um estande de tiro.
Cobertura do Correio Braziliense
Quer ficar por dentro sobre as principais notícias do Brasil e do mundo? Siga o Correio Braziliense nas redes sociais. Estamos no Twitter, no Facebook, no Instagram, no TikTok e no YouTube. Acompanhe!