Morreu, na madrugada desta segunda-feira (3/10), aos 66 anos, o jornalista Adriano Lafetá. Ele estava internado no Hospital Santa Lúcia desde o dia 7 de setembro, com leucemia e complicações decorrentes da Covid-19. "Acredito que ele gostaria que se falasse do quão desconhecida e devastadora essa doença pode ser", disse uma das duas filhas de Adriano, Débora Lafetá.
Adriano deixa a mulher, Vânia, duas filhas, Débora e Marina e um neto, Tom. "Estamos todos muito sensibilizados. Ele era um primo-irmão", contou Sérgio Lafetá.
Mineiro de Montes Claros, Lafetá trabalhou no Correio Braziliense, como subeditor de Opinião, na TV Brasil e na Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), como redator/editor. Nos 29 anos de redação no Correio, Adriano Lafetá exerceu as funções de repórter e subeditor de Opinião, mas era muito mais que isso. "Tinha um olhar crítico e ao mesmo tempo sereno sobre os fatos, suas circunstâncias e consequências", lembrou a jornalista Conceição Freitas, que conviveu diariamente com Lafetá por duas décadas.
Em nota, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF lamentou a perda do profissional. "Lafetá se distinguia pela cordialidade com os colegas, em particular os mais jovens, e pelo cuidado com que revisava e editava os textos, inclusive na editoria de Opinião do Correio. Ao longo das décadas de carreira, colecionou amizades e conquistou respeito profissional. Em especial, pela postura firme na defesa da comunicação pública e na resistência a toda forma de censura às e aos jornalistas".
Lafetá se formou em 1980 pela Universidade de Brasília (UnB). Era filiado ao sindicato e se mantinha atento e informado sobre as questões e lutas da categoria, mesmo depois de aposentado. "O SJPDF manifesta seu mais profundo pesar à família e aos amigos e colegas do saudoso Adriano Machado Lafetá", finalizou a entidade.
Adriano Lafetá será velado nesta terça-feira (4/10), das 12h30 às 14h30, na Capela 5, do Campo da Esperança, Asa Sul. O sepultamento será às 15h