O colégio La Salle é uma das maiores concentrações de seções eleitorais de Águas Claras. 12923 eleitores são registrados nas 38 seções do local, além dos 152 mesários que possibilitam que o pleito de fato ocorra. Um deles é Whaby Khalil, 42 anos, mesário presidente da seção 312.
Desde os 18 anos, Khalil tem servido em todas as eleições. "É um prazer estar servindo à democracia, ver acontecer o pleito e saber que eu faço parte dele", afirma o jornalista.
Apesar da polarização, Whaby diz que não sente tensão durante a votação. "Apenas dois eleitores, que não eram fiscais, pediram para verificar a zerésima, o que é um direito garantido pela justiça eleitoral", relata.
"Nessas eleições, estamos trabalhando com mais rigor a questão do celular e da urna. Percebemos também que os fiscais dos partidos têm passado com mais frequência aqui na seção. Acredito que seja por causa da desconfiança que foi despertada com o sistema eleitoral".
No entanto, Khalil confia plenamente na urna eletrônica. E ele tem autoridade no assunto: trabalhou na última eleição com voto impresso e na primeira com urna eletrônica, que ainda emitia o papel.
"A votação tem ficado cada vez mais segura, principalmente com a biometria, porque antes era muito fácil vir com o documento de outra pessoa e votar por ela. Hoje, a urna não libera sem a confirmação da identificação do eleitor", explica o mesário.
Ele também lembra que o voto impresso não garantia lisura no processo eleitoral. "Eu podia chegar com uma documentação falsa e assinar a cédula por outra pessoa. A contagem também podia ser fraudada mais facilmente. Eram três ou quatro dias contando cédula por cédula, um processo mais longo e cansativo".
Whaby Khalil também destaca que às 17h qualquer cidadão pode conferir os resultados de cada uma das urnas. "É muito gostoso trabalhar na eleição e dá orgulho dizer que a urna é brasileira, é coisa nossa".