O clima no Centro de Ensino Fundamental 3, em Planaltina, esquentou na manhã deste domingo (2/10) após um mesário ser flagrado fazendo boca de urna dentro da instituição de ensino em que trabalhava.
Segundo Maria (nome fictício), que atua como fiscal do Partido dos Trabalhadores , o homem abordou pessoas, abriu o celular e mostrou foto do candidato à presidência, Jair Bolsonaro (PL). “No momento havia um promotor de Justiça na escola, fiz a denúncia e ele registrou em ata. Com isso, o mesário foi substituído por outra pessoa”, relatou Maria ao Correio.
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A reportagem localizou o mesário, que rebateu as acusações. Disse ter encontrado uma parente que não via há muito tempo e abriu o celular para mostrar fotos da família. “Eu tenho minha prima para provar. Sou mesário voluntário há desde 2005 e sei da responsabilidade. Isso é uma mentira. O promotor falou que podia me prender. Mas não ia fazer isso porque era a palavra dela (fiscal) contra a minha”, disse.
A assessoria de imprensa do TRE-DF informou que a polícia foi acionada para averiguar a situação na escola.
Boca de urna
Boca de urna é a atuação de cabos eleitorais e demais ativistas junto aos eleitores que se dirigem à seção eleitoral, no dia da votação, visando a promover e pedir votos para seu candidato ou partido. A legislação eleitoral proíbe a realização de atividades de aliciamento de eleitores e quaisquer outros que tenham o objetivo de convencer o cidadão mediante boca de urna, o que é considerado crime eleitoral.
Cuidado, as regras do TSE prezam pela liberdade de expressão desde que ela seja feita de maneira silenciosa e individual, que não tenha o objetivo de angariar votos. Pode usar camisa de partidos, broches e demais acessórios, mas não pode promover aglomerações que pareçam comícios.