CB.Poder

"Vamos ter que dialogar", diz Magela sobre relação entre Lula e Ibaneis

Para o ex-deputado federal, que coordenou a campanha de Lula no DF, é preciso respeitar o que é prioridade para a população da capital do país

Arthur de Souza
postado em 31/10/2022 17:18 / atualizado em 31/10/2022 17:18
Para Magela, o governo Ibaneis terá que recuar de algumas das suas ações para se adaptar ao programa de Lula. -  (crédito:  Mariana Lins )
Para Magela, o governo Ibaneis terá que recuar de algumas das suas ações para se adaptar ao programa de Lula. - (crédito: Mariana Lins )

Coordenador da campanha do Lula (PT) no Distrito Federal, o ex-deputado federal Geraldo Magela — também do partido — participou do CB.Poder desta segunda-feira (31/10), programa que é uma parceria entre o Correio e a TV Brasília. Na entrevista aos jornalistas Denise Rothenburg e Vinicius Dória, ele deixou claro que o PT não vai se opor a um diálogo com Ibaneis Rocha.

Para Magela, os governos federal e local precisarão conversar a partir de janeiro de 2023. “Vamos ter que dialogar. Não vamos nos aproximar do seu governo, somos distintos, mas vamos ter que conversar e dialogar para ajudar o governo Lula e o Distrito Federal”, pontuou.

O coordenador da campanha de Lula ressaltou, no entanto, que não vê a possibilidade do PT apoiar o governo de Ibaneis. “Ele tem um programa absolutamente distinto do PT e não vejo nenhuma possibilidade do partido apoiar o governo Ibaneis”, frisou. “O que vamos fazer é ter diálogo e respeitar o que é prioritário para a população do Distrito Federal, e que vier a ser apresentado pelo governo Ibaneis. Nisso, vamos ajudar”, ponderou o ex-parlamentar.

Pragmatismo

Questionado se não é necessário que haja um pragmatismo na relação entre o PT-DF e Ibaneis, Magela concordou, mas fez uma ressalva. “É claro que o governo Lula vai ter um novo programa para o Brasil que o Ibaneis, em alguns casos, tem choque com ele”, enfatizou. “Se o governo Ibaneis fizer movimentos para se aproximar do programa do Lula, certamente o PT pode apoiar ações que venham a ter, em comum acordo, o que o governo federal e o local fazem”, afirmou.

O ex-deputado lembrou, ainda, que esse pragmatismo tem que ocorrer nas duas partes. “Na política, não se faz acordos se os dois não quiserem. E o acordo entre Ibaneis e Lula tem que ser programático”, observou. “O governo Ibaneis terá que recuar de algumas das suas ações e dos seus projetos, para se adaptar ao programa que o Lula vai apresentar para o Brasil. Fazendo isso, não teremos como não o apoiar”, confirmou.

Bancadas

Perguntado sobre a bancada do DF no Congresso, especificamente sobre a deputada federal Bia Kicis (PL) — que disse que será oposição na Câmara dos Deputados, Magela foi enfático. "Não quero a Bia Kicis apoiando o governo Lula. Pode ficar onde ela está e, por favor, seja oposição a nós, porque ela não representa absolutamente nada do que pensamos”, afirmou.

Porém, o ex-deputado abriu espaço para outros nomes. “Agora, Rafael Prudente, por exemplo, que é do MDB, e que não apoiou o Lula, pode vir apoiar a bancada do Lula”, comentou. “No Senado, não tenho a expectativa de que a Damares (Alves) venha apoiar o Lula, mas eu tenho a expectativa de que o Izalci Lucas (PSDB) se mova para estar ao lado do programa que o Lula vai apresentar”, destacou.

Confira a entrevista na íntegra.

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