TRE faz balanço positivo das eleições presidenciais no DF

O presidente do Tribunal Regional Eleitoral, Roberval Belinati, afirmou que o segundo turno no DF ocorreu dentro da normalidade. A abstenção foi menor — 16,72%, enquanto no primeiro turno chegou a 17,54%

Giovanna Fischborn  

postado em 31/10/2022 06:00

Votações na capital foram marcadas por "segurança e paz", disse o presidente do TRE, Roberval Belinati - (crédito: Giovanna Fischborn/CB)

O domingo de segundo turno das eleições levou aproximadamente dois milhões de brasilienses às seções eleitorais para votar. Em entrevista coletiva ao final do processo, o presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), Roberval Belinati, avaliou que o pleito na capital federal foi marcado por "segurança e paz", sem nenhuma ocorrência grave ao longo do dia. "No Brasil, graças a Deus, temos o direito de escolher nossos governantes. A voz das urnas é a voz do povo", afirmou o magistrado.

Em contraste com o primeiro turno, em que o eleitor deveria selecionar cinco candidatos, o processo, geralmente, é mais rápido no segundo turno. Mesmo assim, para otimizá-lo, o TRE-DF remodelou seções eleitorais no intuito de reduzir as filas.

No balanço, o presidente do TRE-DF apontou que 33 urnas apresentaram falhas operacionais, mas foram substituídas tão logo se constatou o problema. 

Pela manhã, a reportagem do Correio presenciou demora dos coletivos no Gama e em Valparaíso (GO), mas, de acordo com presidente do TRE-DF, o serviço de transporte público gratuito, que ficou disponível das 6h às 19h, ocorreu dentro da normalidade. "Eventuais casos que chegaram ao conhecimento da Justiça Eleitoral foram encaminhados à Secretaria de Segurança Pública (SSP-DF) para serem resolvidos", disse. 

O corregedor regional eleitoral, Mario-Zam Belmiro Rosa, também celebrou a presença dos brasilienses nas urnas, apesar de haver apenas dois dias úteis para o feriado de Finados, em 2 de novembro, quando muitas pessoas poderiam ter aproveitado para viajar. O segundo turno no DF teve menos abstenções do que na etapa de 2 de outubro. A diferença foi de 387.096 mil pessoas (17,54%) para 369.136 (16,72%) ontem. "Foi uma eleição muito positiva. Devemos festejar a democracia", disse o corregedor.

Teste de integridade

Na manhã desse domingo (2/10), como forma de garantir a confiabilidade das urnas eletrônicas, o TRE-DF realizou o teste de integridade na Escola Canadense, no Setor de Indústrias Gráficas (SIG). A abertura do processo na seção foi acompanhada pelo presidente do TRE-DF e pelo juiz auxiliar da Corregedoria Felipe Goulart, entre outros.

O desembargador explicou que, nos testes, a Justiça Eleitoral simula a realização de uma eleição para garantir que a contagem de votos computados nas urnas seja igual a fornecida por cédulas de papel. "São importantes para demonstrar aos eleitores que as urnas eletrônicas funcionam com absoluta segurança, não admitindo fraudes", pontuou Belinati.

Conforme a legislação eleitoral, o procedimento é obrigatório. São duas etapas diferentes, sendo uma com uso de biometria e outra sem. "Com biometria, os eleitores são convidados para emprestar suas digitais nas urnas eletrônicas. Com a validação da biometria do eleitor, a urna eletrônica fica liberada para receber o voto simulado", destacou o desembargador.

E quem não votou?

O eleitor que tinha obrigatoriedade do voto e não conseguiu justificar a ausência no dia da eleição, pode fazê-lo em até 60 dias após o segundo turno, por meio do aplicativo e-Título, do Sistema Justifica ou, ainda, encaminhar, por meio dos serviços de postagens, o formulário Requerimento de Justificativa Eleitoral (RJE) com a documentação comprobatória do motivo da ausência. O formulário pode ser baixado no site do TSE ou acessado nas unidades da Justiça Eleitoral (cartórios eleitorais, postos e centrais de atendimento). 

Se o eleitor não conseguiu votar também no primeiro turno, ainda é possível justificar. O prazo vai até 1º de dezembro de 2022, no caso de ausência no primeiro turno, e até 9 de janeiro de 2023, para quem não votou no segundo turno.

A ausência a três eleições consecutivas — cada turno de votação é considerado uma eleição — sem o pagamento das multas ou a apresentação de justificativas resultará no cancelamento da inscrição.