A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) investiga a morte de mãe e filho no Hospital Regional de Samambaia (HRSam), no último sábado (22/10), após a realização de uma cesárea emergencial. Os familiares da mulher alegam negligência no atendimento e detalham que a mulher deu entrada na unidade com dilatação e foi internada para induzir o parto.
A mulher, 37 anos, estava com 41 semanas de gestação (9 meses) e, segundo depoimento dado à 32ª Delegacia de Polícia (Samambaia Sul), responsável pelo caso, a gestante teve o rompimento da bolsa e logo depois sangramento. Quando os médicos perceberam que o coração do bebê havia parado, a paciente foi encaminhada à sala de parto normal para a sala de cirurgia cesariana.
No procedimento cirúrgico, de acordo com o relato de uma familiar, o útero da mulher foi rompido, e precisou ser retirado. A paciente chegou a ser levada à Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu ao quadro.
A reportagem buscou o posicionamento da Secretaria de Saúde que explicou que a paciente foi atendida no pronto-socorro, na sexta-feira (22/10). “Ela tinha parâmetros adequados para ser submetida à indução do trabalho de parto, que foi realizado segundo protocolos existentes no Brasil e no mundo. Com evolução satisfatória, iniciou-se sangramento genital, sendo indicada operação cesariana de emergência”, esclarece a nota.
De acordo com a pasta, o bebê foi retirado sem sinais de vida. “A equipe tentou manobras de reanimação cardiorrespiratória por 40 minutos, sem sucesso. A mãe precisou passar por uma histerectomia (retirada do útero) com sinais de choque hemorrágico. Toda a assistência foi prestada à paciente — tendo sido encaminhada para a UTI no próprio hospital”, garante.
A mulher foi submetida a múltiplas transfusões de concentrados de hemácias, plasma, plaquetas e medicamentos que auxiliaram a manter a estabilidade hemodinâmica. “Apesar de toda a assistência médica possível, a puérpera foi a óbito às 21h45 de sábado (22/10). A Secretaria de Saúde solidariza-se a essa família, amigos e parentes”, conclui o texto.
Bebê nasce em banheiro do Hmib
A Polícia Civil do DF também investiga outro caso de suspeita de negligência no DF. Uma mulher teve o bebê, no último dia 14, no banheiro do Hospital Materno Infantil de Brasília (Hmib), após pedir inúmeras vezes por atendimento médico. O relato é do marido da paciente, que acrescenta que ela foi orientada a tomar um banho quente para diminuir as dores da contração.
No entanto, a gestante passou mal e o bebê nasceu enquanto ela estava sentada em uma cadeira de banho. O bebê passou pelo vão do assento e bateu a cabeça no piso.
Devido ao impacto na cabeça, o recém-nascido teve sangramento no cérebro e precisou ser internado na UTI do Hospital de Base. A criança voltou para junto da mãe, no Hmib, no último domingo, depois que uma tomografia apontou a melhora do quadro de saúde.
O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul).
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