O bebê que nasceu no banheiro do Hospital Materno Infantil de Brasília, na última sexta-feira (14/10), foi transferido para o Hospital de Base e internado na unidade de terapia intensiva (UTI). Muito abalado, o pai da criança, Antonio Marcos Alves, 37 anos, confessou que está sendo um momento difícil para falar sobre o caso. Ele e a esposa tentam encontrar forças para lidar com o momento. Pelas redes sociais, ele pediu orações ao filho, logo depois de uma série de postagem de fotos com a criança declarando o quanto o ama.
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O caso é investigado pela 1ª Delegacia de Polícia (Asa Sul), que solicitou que todos os exames da criança fossem anexados no inquérito de apuração. O bebê caiu no chão do banheiro do hospital e bateu a cabeça, depois de os pais terem sido ignorados pelos médicos, segundo alegam. Antonio diz que o bebê, depois que caiu, chegou a ficar cerca de um minuto desmaiado, sem reação. “Minha esposa veio primeiro para o Hospital, por volta de 15h, mas foi internada somente 18h e pouco. Eu ainda estava no serviço e vim correndo para o hospital. Cheguei quase 20h, e nesse horário ela já estava bem debilitada, gritando, chamando atendimento médico”, relata.
O esposo de Suzana Maria Feitosa, de 36 anos, diz que a médica passou cerca de três vezes para olhar a gestante e disse que ela estava bem. “A minha esposa tem arritmia cardíaca desde criança, então toda a gestação dela foi complicada. Por isso que viemos ao Hmib, porque se não, meu filho teria nascido em Ceilândia. E nas vezes que a médica veio foi apenas para medir a pressão, ela fez um exame de toque e depois disse que o bebê ainda não ia nascer com o tanto de dilatação, que ela tinha outros pacientes para atender e não podia fazer o exame toda hora”, alega o marido de Suzana.
Os médicos orientaram a gestante a tomar um banho quente, para amenizar a dor das contrações. “Mas ela não aguentava nem colocar o pé no chão de tanta dor. Eu e uma companheira de quarto que conseguimos levantar ela e levar para o banheiro, quando a bolsa se rompeu e ela falou que o menino ia nascer. Trazemos uma cadeira de banho do banheiro, e quando ela sentou, o menino vazou por baixo da cadeira e bateu a cabeça no chão e rolou. E minha esposa teve hemorragia e começou a tremer”, detalha.
Depois do nascimento, os médicos levaram rapidamente o filho do casal para os primeiros socorros e a realização de exames. No entanto, Antonio e Suzana ainda temem pela saúde do filho. No momento, eles aguardam novas avaliações médicas e, apesar de Suzana ainda apresentar um pouco de hemorragia, ela se recupera bem. “O problema é que meu filho chora mais que as outras crianças. E ele está com um hematoma na cabeça”, detalha.
“Acompanhada de perto”
Questionada sobre o fato, na última segunda, a Secretaria de Saúde detalhou que a mãe foi internada no Centro Obstétrico às 15h e foi acompanhada de perto pela equipe médica de plantão. “Às 16h45 foi realizado exame de avaliação do bem-estar fetal, chamado cardiotocografia. Às 18h52, a paciente voltou a ser reavaliada com 4cm de dilatação. Depois, novas avaliações foram feitas às 19h34, 20h41 e 20h52, quando foi observada dilatação de 5cm”, diz a nota.
O texto também esclarece que o banho quente é comum dentro das práticas obstétricas, e “faz parte de um grupo de medidas chamadas Alívio Não Farmacológico da Dor durante o Trabalho de Parto”. A pasta assegura que a equipe médica respondeu prontamente e a pediatra do Hmib avaliou o estado de saúde do bebê, após o parto, que estava chorando e ativo.
“Mãe e criança receberam todo o cuidado e atenção devido às condições do nascimento e seguem internados, sob cuidados da equipe de obstetras e neonatologistas do Hmib. Por fim, nenhum dos exames clínicos realizados no bebê apontaram sinais de complicações devido ao trauma. Ainda assim, o recém-nascido foi submetido ao raio-x de crânio, e ecografia transfontanelar (exame de ecografia do cérebro) que não apontaram alterações. Antes da alta médica, ele será avaliado por um neurologista”, finaliza o texto.
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