Uma tentativa de latrocínio, na quadra comercial 103 Norte, foi o maior pesadelo na vida de Bárbara Alves, 33 anos. A advogada entrava no carro quando um homem a abordou e, mesmo sem reagir, foi atingida na cabeça por um tiro de raspão. O crime aconteceu na noite de sábado e o carro roubado foi recuperado na mesma noite, em Sobradinho II.
Bárbara falou ao Correio que ela e uma amiga estacionaram no local para ir a um Café nas proximidades. A ideia era comprar um presente e seguir para um aniversário. Quando retornaram da loja e foram entrar no carro, o crime aconteceu. A amiga conseguiu correr e subiu as escadas em direção ao Café. "Eu estava com a porta entreaberta quando o primeiro assaltante se aproximou, ele bateu violentamente no vidro. Só depois eu percebi que o objeto na mão dele era uma arma. Quando eu percebi que era um roubo, desci do carro, coloquei as mãos para cima, pedi calma e disse que eu só queria os meus documentos", disse.
O criminoso entrou no veículo e verificou se a chave estava na ignição. Neste momento o comparsa se aproximou. Quando esse segundo homem se aproximou, pelo outro lado do carro, o primeiro passou para o banco de trás e o comparsa assumiu a direção. "A partir daí o motorista começou a gritar 'atira nela, atira, atira'. O vidro e a porta de trás estavam fechados e ainda assim ele obedeceu e disparou na minha direção através do vidro".
Naquele momento a vítima começou a se abaixar com a mão no ferimento e ficou de costas para o carro. "Eu senti que algo tinha atingido minha cabeça. Me afastei, com medo de ser atropelada eu os ouvi saindo com o carro", esclareceu. A advogada deitou-se e, quando as pessoas começaram a se aproximar atraídas pelo barulho, ela gritou por socorro e pediu que chamassem uma ambulância porque estava ferida.
Apesar de não ter perdido a consciência, Bárbara se preocupou com a extensão do ferimento e teve medo de que pudesse deixar alguma sequela ou algo mais grave. "Até aquele momento eu não sabia o que tinha realmente acontecido, porque sangrava muito", afirmou.
Socorro
Uma viatura da Polícia Militar que patrulhava o local chegou em seguida e, depois, o Serviço Atendimento Móvel de Urgência (SAMU). A advogada foi identificada, porque conseguiu manter a bolsa com os documentos e foi levada ao Hospital de Base, onde passou por uma tomografia e ficou constatado que o projétil atravessou o couro cabeludo sem causar nenhuma lesão mais grave. A ferida foi fechada com pontos, a paciente tomou vacina antitetânica e recebeu alta médica.
A advogada disse que desde o ocorrido pensa no episódio com incredulidade, "a gente sabe que essas coisas acontecem, mas não esperava que acontecesse comigo. Eu, dentro do possível, estou bem, mas não posso afirmar que não fiquei traumatizada com essa violência" enfatiza.
O veículo da vítima, um Fiat Argo, foi recuperado pela Polícia Militar no mesmo dia, estacionado na Vila Rabelo, em Sobradinho II. Segundo José Guilherme, delegado chefe da 2ª DPC, na Asa Norte, o inquérito foi instaurado e as investigações iniciadas. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido preso.
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado
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