Chico Vigilante (PT) é o convidado do CB.Poder — parceria do Correio e TV Brasília — desta terça-feira (4/10). Reeleito deputado distrital, o petista teve a segunda maior votação desta eleição e a terceira maior da história do Distrito Federal. Na entrevista concedida à jornalista Ana Maria Campos, ele falou sobre como pretende se engajar na campanha pró-Lula no segundo turno da disputa nacional, sobre a oposição ao governador reeleito Ibaneis Rocha e sobre os próximos quatro anos de governo.
No quinto mandato de deputado distrital, Vigilante afirma que concentrará esforços imediatos na campanha do candidato Lula (PT) no segundo turno das eleições presidenciais. Ele também afirma ser necessária maior união de partidos da esquerda não só para isso, mas para ponderar sobre as próximas eleições. “Estou entrando de corpo e alma nessa campanha. No encerramento da contagem dos votos, estávamos com um trio elétrico próximo à Torre de TV e, no meu pronunciamento, chamei à responsabilidade os partidos que compõem a federação PT, PCdoB e PV. Também digo que está na hora de sentarmos em torno de uma mesa, elaborar um projeto para o Distrito Federal, pensando daqui a quatro anos, nas próximas eleições”, avalia.
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Mandato e Oposição
O petista também falou sobre as principais bandeiras que pretende defender em seu novo mandato, o qual terá foco em causas como saúde pública, transporte público e, principalmente, infraestrutura local. “A população envelheceu e as cidades também. Taguatinga, Ceilândia, Gama e Planaltina estão com todas as calçadas praticamente destruídas. Quando você é novo, pode lidar com isso, mas, em certa idade, qualquer depressão em uma calçada é motivo para uma queda", comenta.
Vigilante também afirmou que a oposição ao governador Ibaneis Rocha se dará de forma mais incisiva, tendo em vista a reeleição dele ao cargo. Ele também destacou ser contra a privatização do BRB e da CAESB. “Todos os projetos que forem bons para Brasília, apoiarei sem pedir nada ao governador. Todos os projetos que não prestam para a cidade, vamos lutar muito para corrigir. Não tem um projeto que passe por aquela Câmara que não tenha passado pela nossa discussão e análise. Quero dizer também que o governador não poderá vender o BRB, nem privatizar a CAESB, porque, pra mim, essas são coisas inegociáveis”, reforça.
Nacional
Por fim, Vigilante falou sobre as eleições nacionais. No último domingo, Lula (PT) conseguiu 48,4% dos votos, contra 43,2% de Jair Bolsonaro (PL). O distrital avalia que não só o futuro do Partido dos Trabalhadores no DF depende do resultado das eleições nacionais, como o futuro da democracia. “A questão é se continuaremos a ser uma nação do Ocidente eminentemente democrática ou se seremos uma teocracia da família Bolsonaro”, pontua.
O deputado do PT também defendeu a democracia e fez duras críticas à ditadura militar, associando o retorno dela a uma possível vitória do candidato rival. “A população do Brasil, na sua maioria, é eminentemente democrática. Ela quer a democracia e sabe que a única maneira de ganhar alguma coisa é numa democracia. Já experimentamos a ditadura e sabemos que temos que ter nojo da ditadura. Não podemos deixar o país cair nas mãos de um ditador. De um homem que defende a tortura e que, a cada momento, cria uma crise”, crítica.
* Estagiário sob a supervisão de Nahima Maciel
Confira o CB Poder na íntegra:
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