O presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-DF), desembargador Roberval Belinati, concedeu coletiva na tarde de ontem e fez um balanço das eleições no DF e nos 100 outros países onde brasileiros votaram para presidente da República. "Como todo evento muito grande, temos registros de problemas, mas sem nenhum prejuízo para o pleito", salientou. No DF, apenas 42 das 6.748 urnas apresentaram defeitos e foram substituídas e, no exterior, 49 precisaram ser trocadas. Ocorreram 5 prisões em flagrante em zonas de votação.
Dentre as prisões, duas ocorreram porque os eleitores desrespeitaram a proibição legal de filmar ou fotografar o voto e foram flagrados usando o celular dentro da cabine. Outros flagrantes se deram em virtude de uma briga entre um fiscal de partido e o administrador do local da votação, pelo crime de boca de urna e também um caso de porte irregular de arma.
O presidente esclareceu que no caso de substituição de urnas eletrônicas, a memória com os votos registrados é transferida para o novo equipamento, não havendo perda de informações. "A urna que foi substituída fica à disposição para ser periciada, se necessário. Não há nenhum risco para o processo eleitoral", garante.
"As eleições transcorreram em clima de paz e temos que agradecer aos órgãos da segurança pública que empenharam mais de 12 mil policiais para garantir o exercício da cidadania", lembrou o desembargador. A autoridade também fez questão de ressaltar o importante papel da imprensa para garantir o processo democrático.
Crimes eleitorais
O procurador regional eleitoral Zilmar Antônio Drumond também se pronunciou durante a coletiva e salientou a atuação da procuradoria para evitar as condutas de crimes eleitorais. "O derrame de santinhos é o maior desafio que enfrentamos. Nós fizemos um trabalho juntamente com a Secretaria de Limpeza Urbana e 601 pessoas atuaram para limpar a cidade e manter o direito de o cidadão escolher livremente o voto", enfatizou.
Sobre as condutas ilícitas, o procurador afirmou que foram recebidas mais de 70 denúncias que serão apuradas. "A lei eleitoral mudou e a partir deste pleito temos 48h para reunir as provas necessárias e oferecer a denúncia nos casos cabíveis", explicou.
Votação no exterior
O TRE-DF é responsável por viabilizar a parte técnica para que os mais de 670 mil brasileiros que vivem no exterior possam exercer o direito de voto para presidente da República. A preparação inclui a inserção dos nomes dos candidatos e dos eleitores nas urnas. Após, o Ministério das Relações Exteriores (MRE) assume a responsabilidade logística, com o transporte e organização dos locais. Segundo o desembargador, foram enviadas mais de 900 urnas para 100 países.
O problema mais grave enfrentado durante a votação no exterior foi a greve dos mesários em Lisboa, Portugal. O que foi contornado pelo Itamaraty com a convocação extraordinária de outros brasileiros para fazer a substituição. Também foram registradas duas prisões, a de um mesário que fazia boca de urna e a de um eleitor que tentou votar duas vezes. O desembargador ressaltou que será preciso planejar melhor as próximas eleições fora do país. "Tivemos longas filas na França, isso exige um melhor planejamento para tornar o pleito mais eficiente."
*Estagiária sob a supervisão de Márcia Machado
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