Homicídio

Esfaqueado pelo sobrinho era servidor público e trabalhava em hospital

Marcos Aurélio Rodrigues Matos ingressou no serviço público em 26 de junho de 1984 e estava cedido à Secretaria de Saúde do DF, onde trabalhava como analista na área de gestão e assistência pública à saúde do Hospital do Guará

Morto ao ser esfaqueado pelo sobrinho dentro de um apartamento, na quadra 4 da Octogonal, Marcos Aurélio Rodrigues Matos, 56 anos, era servidor do Ministério da Saúde e trabalhava como agente administrativo no Hospital Regional do Guará (HRGU). O homem morreu ao tentar defender a mãe durante uma discussão com o sobrinho, Wilker Maia Matos, 26. O autor foi preso em flagrante pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).

Marcos ingressou no serviço público em 26 de junho de 1984 e estava cedido à Secretaria de Saúde do DF, onde trabalhava como analista na área de gestão e assistência pública à saúde do Hospital do Guará desde março de 2006. O servidor deixa dois filhos, de 31 e 33 anos, a esposa e um filho afetivo de 8 anos.

O homicídio ocorreu na manhã desta quinta-feira (15/9) e, segundo vizinhos relataram ao Correio, foi possível ouvir gritos por pedidos de socorro. Equipes da PM chegaram ao local depois que Marcos Aurélio Rodrigues, 56 anos, ligou informando que o sobrinho estaria ameaçando a avó. Antes do crime, Marcos contou à polícia que o sobrinho ia eventualmente ao apartamento para “perturbar” sua mãe e que, quando isso ocorria, era porque Wilker estava sob efeito de drogas.

No momento em que Marcos e os policiais subiram ao apartamento, a vítima indagou novamente o sobrinho sobre o porquê ele estaria perturbando a avó. Wilker partiu para cima do tio e os dois entraram em luta corporal. Em uma ação rápida, o jovem sacou uma faca e desferiu golpes contra o tórax do familiar.

Terror

Moradores da quadra 4 da Área Octogonal relataram à reportagem que ouviram os gritos de pedido de socorro de Marcos Aurélio vindos do quarto andar do Bloco A. Sem se identificar, uma vizinha contou que acordou com gritos. "Eu ouvi um homem gritando 'socorro, socorro'", disse, comentando ter ficado assustada ao saber do ocorrido. "Não o conhecia, mas a gente fica com medo por como o mundo está hoje em dia", comentou.

Outra moradora do bloco, que também preferiu manter o anonimato, disse que aguardava uma funcionária chegar quando escutou os pedidos de socorro distantes. "Ouvi os gritos, mas também tinham cachorros latindo e muita movimentação na rua, então não pensei que fosse algo tão grave", contou.
A moradora relatou ainda que só ficou sabendo do fato quando a funcionária chegou e comentou que havia vários carros da polícia no condomínio. "Liguei na portaria para saber o que tinha acontecido e me contaram dessa tragédia", disse, ressaltando que não conhecia a vítima e o autor.