Cerca de 50 estudantes de escolas públicas do Distrito Federal vão participar de uma sessão especial em uma sala de cinema no Casapark, nesta terça-feira (13/9), das 9h às 12h. Os jovens são deficientes visuais e assistirão a uma exibição de Top Gun: Maverick, sequência da franquia de mesmo nome, da Paramount Pictures.
Para permitir que pessoas com deficiência visual ou auditiva apreciem o novo filme do ator Tom Cruise, será utilizada uma tecnologia produzida no Brasil. Os aparelhos sincronizam o filme com três recursos de acessibilidade (Libras, legendagem descritiva e audiodescrição) de uma só vez.
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A ação tem iniciativa da Motion Picture Association (MPA), e reúne seis dos maiores estúdios de cinema do mundo: Disney, Netflix, Paramount, Sony, Universal e Warner Bros.
Mais acessibilidade
Embora as discussões sobre acessibilidade de pessoas com deficiências visual e auditiva sejam antigas, ainda não há obrigatoriedade para que as salas de cinema implementem os recursos necessários para tal. Em maio de 2021, o Senado aprovou lei que prorroga para janeiro de 2023 o prazo para adequação das salas de cinema.
De acordo com a Lei Brasileira de Inclusão (Lei 13.146, de 2015), as salas devem contar com espaços livres e assentos para pessoa com deficiência e recursos como língua brasileira de sinais (Libras) e a audiodescrição. A regra deveria ter entrado em vigor em 2020, quatro anos após sua publicação, prazo inicial para a realização das adaptações, entretanto, em 31 de dezembro de 2019, o presidente Jair Bolsonaro editou MP adiando a regra para 1º de janeiro de 2021. O último prazo concedido já é a segunda prorrogação para a aplicação da lei.