Reconhecimento

Série do Correio sobre reciclagem é finalista do Prêmio CNT de Jornalismo

Jornalistas Pedro Grigori e Aline Brito estão entre os 30 finalistas na categoria Meio ambiente e transporte com a matéria "Autópsia da sucata: para onde vão os carros após a morte?"

Pedro Marra
postado em 30/09/2022 14:15 / atualizado em 30/09/2022 14:57
Pontos de reciclagem de peças tornam-se essenciais para donos de carros antigos e colecionadores -  (crédito:  Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)
Pontos de reciclagem de peças tornam-se essenciais para donos de carros antigos e colecionadores - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A Press)

A série Autópsia da sucata: para onde vão os carros após a morte?, publicada no Correio entre 4 e 7 de agosto deste ano, é finalista do Prêmio CNT de Jornalismo de 2022. Com cerca de 30 reportagens, a série concorre na categoria Meio ambiente e transporte e foi feita pelos repórteres Pedro Grigori e Aline Brito, com imagens do fotojornalista Marcelo Ferreira.

  • Pneus inservíveis abandonados em Santo Antônio do Descoberto (GO) são problema ambiental e focos de mosquitos da dengue Marcelo Ferreira/CB/DA Press
  • Materiais ferrosos oferecem mais possibilidades de reciclagem Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Pontos de reciclagem de peças tornam-se essenciais para donos de carros antigos e colecionadores Marcelo Ferreira/CB/D.A Press
  • Ferro velho em Taguatinga: dificuldade de unir todas as pontas da cadeia de reutilização se impõe Marcelo Ferreira/CB/D.A Press

As reportagens e fotografias inscritas foram validadas pela Comissão Organizadora do prêmio e avaliadas por um grupo de pré-selecionadores formado por cinco jornalistas com atuação acadêmica. Os seguintes critérios foram seguidos: relevância para o setor de transporte; para o transportador e para a sociedade; qualidade editorial; criatividade ou originalidade; e atualidade dos temas.

A jornalista Aline Brito, 25 anos, conta que a reciclagem de carros é o sustento de muitas famílias, por isso é importante falar sobre o tema. Para realizar a segunda matéria da série, intitulada O ferro velho ganha nova vida, a repórter foi até um local de reciclagem e entrevistou trabalhadores cujos depoimentos revelam a satisfação com o trabalho e a consciência da importância da reciclagem para a preservação do meio ambiente. "Espero que, com essa matéria, o setor de reciclagem automotiva tenha mais visibilidade, mais espaço, tanto para bem do planeta, quanto para geração de empregos", comenta.

Os materiais se enquadram nas categorias áudio (para matérias de rádio e podcasts), fotojornalismo, impresso, internet, meio ambiente e transporte e vídeo (para reportagens e documentários veiculados na TV e em serviços de streaming).

Emocionada com a indicação ao prêmio, Aline lembra que, quando era estagiária, ajudou em uma matéria sobre ciclovias que ganhou o CNT, em 2017, e colocou como meta de carreira ganhar o prêmio como repórter responsável pela matéria. "Estou muito feliz em ser finalista e espero que sejamos escolhidos como ganhadores da categoria de meio ambiente", alegra-se.

Também autor da série, Pedro Grigori reconhece ser um momento celebração, especialmente pelo fato de o reconhecimento ocorrer em uma categoria que destaca ações ambientais. "Ganhei o prêmio CNT em 2018, na mesma categoria, falando sobre emissões de gases de efeito estufa, e agora tivemos a oportunidade de falar sobre um problema tão grave quanto, mas que recebe bem menos atenção", afirma.

Para ele, tudo que envolve o debate de lixo e reciclagem acaba sendo deixado de lado. "Reportagens como essa são importantes para destacar o quanto perdemos financeiramente por não dar uma destinação correta para esses matérias e, principalmente, o quanto o meio ambiente sofre em ter que absorver todo esse lixo, que, como mostra a reportagem, pode ser bastante tóxico", analisa o repórter.

Avaliação final

Os finalistas, agora, serão avaliados pelo corpo de jurados do Prêmio, composto por Caio Quero, editor chefe da BBC Brasil, Daniel Rittner, repórter especial do Valor Econômico, Gustavo Uribe, colunista de política da CNN Brasil, Rodrigo Orengo, diretor executivo de jornalismo da Band Brasília, e Luiz Afonso dos Santos Senna, PhD em Transportes e conselheiro-presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs).

O trabalho com a maior nota receberá o Grande Prêmio CNT de Jornalismo no valor de R$ 60 mil. Os ganhadores das demais categorias recebem, cada um, R$ 35 mil. O resultado final será divulgado no mês de novembro e os vencedores serão conhecidos no início do mês.

Com informações da CNT

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação