Crime

Autor de feminicídio no Itapoã tem prisão convertida em preventiva

Patrícia Silva Vieira Rufino, 40 anos, foi atacada pelo ex-companheiro Cleiton Rogério Pereira Costa, 46, diante dos filhos no sábado (17/9). O corpo da brigadista foi velado por familiares e amigos no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, nesta segunda (19/9)

Júlia Eleutério
postado em 19/09/2022 14:52
 (crédito: Reprodução)
(crédito: Reprodução)

Preso em flagrante pelo feminicídio da brigadista Patrícia Silva Vieira Rufino, 40 anos, Cleiton Rogério Pereira Costa, 46 anos, teve a prisão convertida em preventiva após audiência de custódia na tarde desta segunda-feira (19/9). A mulher foi atacada pelo ex-companheiro na frente dos filhos no sábado (17/9), no Itapoã. O corpo da brigadista foi velado por familiares e amigos no Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, na manhã desta segunda.

Ao Correio, o irmão mais velho de Patrícia, Arthur Silva Pinto, contou que ela já havia denunciado o ex-companheiro e que estavam separados há cerca de três anos. De acordo com a filha mais velha do casal, eles teriam ficado juntos por cerca de 17 anos. O casal tinha quatro filhos juntos. Além disso, Patrícia tinha um filho mais velho de um relacionamento anterior.

O feminicídio ocorreu durante uma discussão entre a brigadista e o ex. As filhas mais novas do casal, de 8 e 11 anos, estavam em casa e viram o momento em que o pai arrancou a pia da cozinha e espancou Patrícia com pedaços de porcelana. Cleiton Rogério tentou fugir logo após cometer o crime, mas foi detido por populares e por pouco não acabou linchado. Ele foi preso em flagrante e encaminhado à 6ª Delegacia de Polícia (Paranoá), que investiga o caso.

Despedida

Com camisas com a foto da vítima e a palavra "saudades", os parentes se lamentavam e choravam muito com a partida repentina. Segundo o irmão, a brigadista era uma pessoa maravilhosa e sonhava em dar uma vida melhor para os filhos. "Ela era uma pessoa muito carinhosa, muito querida pela família e pelos amigos. Era uma pessoa tranquila e muito pacificadora, calma e quieta. Uma guerreira", disse. A vítima era a terceira de sete irmãos, sendo dois homens e cinco mulheres.

Muito emocionados, um dos filhos mais velhos e uma das filhas, que presenciou o fato, precisaram ser amparados pelos familiares. Uma parente da vítima passou mal e precisou de atendimento do Corpo de Bombeiros Militar do DF.

Saiba como pedir ajuda

Polícia Militar: telefone 190

Polícia Civil: telefone 197; e-mail denuncia197@pcdf.df.gov.br; WhatsApp: (61) 98626-1197; denúncias também podem ser feitas pelo site pcdf.df.gov.br/servicos/197/violencia-contra-mulher

Central de Atendimento à Mulher: telefone 190

Delegacias Especiais de Atendimento à Mulher (Deam)

- Deam 1, EQS 204/205, Asa Sul, telefones: 3207-6172, 3207-6195 e 98362-5673, e-mail: deam_sa@pcdf.df.gov.br

- Deam 2: St. M QNM 2, Ceilândia, telefones: 3207-7391, 3207-7408, 3207-7438

Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos: (61) 99656-5008

Secretaria da Mulher do DF: (61) 99415-0635

Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT): mpdft.mp.br/portal/index.php/promotorias-de-justica-nas-cidades

Núcleo de Gênero do Ministério Público: Eixo Monumental, Praça do Buriti, Lote 2, Sala 144, Sede do MPDFT, telefones: 3343-6086 e 3343-9625, e-mail: pro-mulher@mpdft.mp.br

Defensoria Pública do Distrito Federal, Núcleo de Assistência Jurídica de Defesa da Mulher (Nudem): Fórum José Júlio Leal Fagundes, Setor de Múltiplas Atividades Sul, Trecho 3, Lotes 4/6, BL 4, telefones: (061) 3103-1926, 3103-1928, 3103-1765, WhatsApp (61) 999359-0032, e-mail: najmulher@defensoria.df.gov.br

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