Investigação

Polícia investiga ataque cibernético que apagou 400 mil arquivos do Zoo

A Polícia Civil do DF cumpriu mandado de busca na casa do investigado, no Guará. Após ataque, os agentes conseguiram recuperar dados médicos importantes dos animais do Zoológico para evitar a suspensão de tratamentos veterinários

Correio Braziliense
postado em 14/09/2022 13:58 / atualizado em 14/09/2022 13:58
 (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)
(crédito: Minervino Júnior/CB/D.A.Press)

A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu mandado de busca no Guará, na manhã desta quarta-feira (14/9), contra um dos suspeitos de ataque cibernético que apagou cerca de 400 mil arquivos do Zoológico. As investigações da Delegacia Especial de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC) começaram no início de junho. A rede de internet e o sistema informatizado de arrecadação das bilheterias foram tirados do ar pelo ataque.

As fichas cadastrais completas de diversos animais e outras informações administrativas também foram apagadas pelo invasor. Os peritos do Instituto de Criminalística e os policiais da DRCC conseguiram, após o começo das investigações, recuperar alguns dados importantes relacionados ao controle de doenças, vacinas e informação de origem de muitos animais do Zoológico, além de identificar as pistas e informações de um dos suspeitos.

No mandado cumprido nesta quarta-feira (14/9), a DRCC encontrou na casa do investigado dispositivos informáticos que serão levados para exames periciais. Somadas, as penas do suspeito podem chegar a 15 anos de prisão.

Confira os crimes investigados:

  • Art. 266 - Interromper ou perturbar serviço telegráfico, radiotelegráfico ou telefônico, impedir ou dificultar-lhe o restabelecimento: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. § 1o Incorre na mesma pena quem interrompe serviço telemático ou de informação de utilidade pública, ou impede ou dificulta-lhe o restabelecimento.
  • Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar dano: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa.

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação