A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpriu, nesta segunda-feira (12/9), um mandado de busca e apreensão contra um homem, 38 anos, acusado de perseguir e ameaçar uma ex-colega de trabalho durante mais de sete anos. Na casa do suspeito, identificado como Everton Rodrigues Cacau, no Riacho Fundo 2, investigadores da 5ª Delegacia de Polícia (área central) apreenderam celulares, notebooks, tablets e pen-drives.
As perseguições começaram em 2016, ano em que a mulher começou a trabalhar numa empresa de informática. O homem, que já era funcionário do local, se interessou pela vítima e deu início às importunações. Segundo as investigações, o técnico tentou flertar com a mulher e, ao não ser correspondido, passou a perturbá-la com cantadas. Na empresa, foram feitas reuniões entre o diretor, a vítima e o acusado. Nessas reuniões, o homem se comprometia a parar com as perseguições.
Três anos depois, o técnico saiu da empresa, mas continuou a stalkear a mulher por meio de ligações e pelas redes sociais. A vítima chegou a morar por um tempo na Bahia, mas continuou sendo perseguida. Ao retornar a Brasília, no final de 2021, as importunações persistiram de maneira mais intensa. De acordo com a apuração policial, Everton entrou em contato até familiares e amigos dela.
Prisão
Desesperada, a mulher registrou duas ocorrências de stalking contra o acusado. Ele chegou a prestar depoimento na 5ª DP e afirmou que continuaria a perseguir a vítima, o que novamente ocorreu e desencadeou a prisão em flagrante do autor.
Everton passou por audiência de custódia na época e a Justiça determinou algumas medidas cautelares, como manter distância da vítima e usar tornozeleira eletrônica. Mesmo assim, dias depois, ele voltou a persegui-la. A mulher deu queixa novamente e o Ministério Público (MPDFT) representou pela prisão preventiva do acusado por descumprimento das medidas.
O homem permaneceu preso na Papuda até 21 de julho e foi posto em liberdade. Segundo as investigações, em 12 de agosto, ele criou um perfil falso nas redes sociais e passou a ameaçá-la. "E aí, gata! Blz?", "Atenção é mesmo um bem precioso? Q acha?”; “Quem tem medo do lobo mau?”. Chegou ainda a mandar e-mails convidando-a para assistir filmes com narrativas de sequestro.
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