Os seguranças que agrediram com socos o estudante de 20 anos Augusto Lima Teixeira Barbosa, na madrugada da última sexta-feira, a cerca de 150 metros do Complexo Fora do Eixo, no Setor de Armazenagem e Abastecimento Norte (Saan), perseguiram o rapaz de carro antes de atacá-lo. Antes, sob efeito de álcool, o jovem foi expulso da casa de shows porque tinha encerrado as atividades. Ao Correio, o amigo do rapaz Samuel Souza, 20, disse que testemunhou o momento em que sete seguranças foram atrás de Augusto após o retirarem do local. "Alguns foram de carro, e outros a pé", relembra.
Augusto foi encontrado desacordado e levado às pressas ao Hospital de Base do Distrito Federal (HBDF), onde ficou internado até o começo da tarde de sexta-feira. Em seguida, ele foi transferido a um hospital particular da Asa Sul, onde permanece na UTI. "Ele não se recorda do que aconteceu, mas está ciente", declarou a mãe do jovem, a consultora de vendas Anna Luiza Bezerra Lima, 45.
Segundo ela, o filho deve permanecer internado no hospital pelo menos até hoje. Ele segue em monitoramento. Anna Luiza conta que o filho foi à festa na companhia de dois colegas para a despedida de um deles, que ia viajar. "O celular dele também ficou totalmente destruído quando tentou filmar os seguranças durante as agressões", contou a mãe do garoto.
Em nota, o Complexo Fora do Eixo comunicou que imagens de câmera de segurança do local mostram Augusto sendo conduzido para fora, por volta das 5h40, porque não queria ir embora, mesmo o estabelecimento tendo encerrado as atividades. Segundo a empresa, o jovem começou a agredir verbalmente os seguranças e outros clientes. "As câmeras captam Augusto na rua correndo de pessoas que não estão trajados como seguranças", argumenta a assessoria de imprensa.
A casa disse que irá se manifestar diante das autoridades, mas que presta apoio e solidariedade ao jovem agredido. "Frisamos ainda que, por ter acontecido mais ao final da rua e não em frente ao Complexo, infelizmente, nossas câmeras não captaram o momento da agressão", acrescenta a empresa. O caso, registrado pelo padrasto da vítima na 5ª DP (Área Central), está sendo investigado pela 3ª Delegacia de Polícia (Cruzeiro).
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