Na contagem regressiva para o Dia Mundial do Crochê, comemorado em 12 de setembro, a ONG Instituto Proeza está na reta final do projeto de encapar um prédio de cinco andares. “Estão sendo dias de pura emoção”, confessa Katia Ferreira, fundadora da ONG. O objetivo do Instituto é, como o feito, entrar no Guinness Book, o famoso livro dos recordes. Segundo Katia, o projeto mobilizou mais de 100 mulheres crochetando no período de dois anos e meio.
“Esses dias fiquei até emocionada. Estamos cobrindo a parte externa, tem muita coisa pronta, estamos agora realizando os acabamentos finais. É como quando se termina uma casa, que você vai colocar um vaso de flor no lugar, arrumar os detalhes, mas é isso que vai fazer a diferença. Estamos muito cansados, mas está ficando lindo, e de ver o resultado, a gente se enche de satisfação e o cansaço vai embora”, afirma Katia.
O grupo de mulheres vai ter o apoio de uma empresa de crochê para se inscrever no Guiness Book. “No dia 12, vou revelar quanto a gente gastou de linha e mensurar as horas de trabalho”, adianta a fundadora da ONG. A estimativa é que a partir do dia 15 de setembro, o espaço seja aberto para receber visitantes que desejam conhecer o prédio todo coberto com a arte do crochê.
O Correio vem acompanhando a jornada das mulheres desde agosto. Segundo Katia, a ideia surgiu da vontade de realizar algo diferente e disruptivo, na intenção de proporcionar às pessoas que fazem parte do instituto e aos visitantes uma experiência mágica e única. "O nosso prédio é uma instalação de arte e, quando a gente fala de arte, tem uma satisfação diferente em realizar propostas inovadores", avalia. Além da parte exterior do prédio, os objetos que permeiam o interior do edifício são cobertos por crochê.
Foi durante o período de isolamento social que a relação da ONG com o mundo desta arte manual se estreitou. "Nós começamos a pensar em alternativas de renda para mulheres que estavam sofrendo com o desemprego em massa. Assim, tivemos a ideia de encapar o prédio de crochê, aproveitando que estávamos todos voltados a ficar em casa", relembra. "Todos temos memórias afetivas muito ligadas ao crochê, porque todo mundo tem uma tia ou alguém da família que faz, então, a gente partiu disso", pontua. Na família de Katia, a técnica foi transmitida de avó para filhos e netos.
Igualdade de gênero
Desde 2003, a ONG Instituto Proeza trabalha com o público feminino. A instituição tem como objetivo promover a igualdade de gênero por meio de iniciativas comunitárias e da educação de meninas e mulheres, contribuindo para a defesa e a promoção da vida de crianças, jovens e adultos por meio de processos de construção de autonomia e elevação do nível de educação.
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