O apoiador do candidato a deputado Distrital Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão, se entregou à polícia na tarde desta segunda-feira (5/9). Marco Antônio Leal da Silva é acusado de atirar contra o rosto do churrasqueiro de um restaurante na Vila Planalto, em 27 de agosto. A vítima precisou ser socorrida ao Hospital de Base e passar por cirurgia.
Segundo informações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Marco Antônio foi preso “por força de mandado de prisão preventiva expedido pelo Tribunal do Júri de Brasília”. O caso é investigado pela 5ª Delegacia de Polícia (Asa Norte) como tentativa de homicídio. “O advogado de Marco Antônio já está ciente de sua prisão. Os objetos foram arrecadados pelo cartório da 5ª DP”, reforçou nota da corporação.
Rubão também chegou a ser levado à PCDF, mas pagou fiança e foi liberado. O político é investigado por tentativa de homicídio. Ele e Marco Antônio alegam legítima defesa no caso.
Entenda
A briga começou em um restaurante na Vila Planalto porque o candidato do PTB, Rubens de Araújo Lima, conhecido como Rubão, não atendeu aos pedidos do proprietário do estabelecimento para diminuir o som do carro, que, segundo o comerciante, incomodava os clientes do restaurante. O churrasqueiro Raimundo Eduardo Pereira Silva, 29 anos, tentava acalmar os envolvidos quando Rubão ordenou a um homem que o acompanhava a atirar contra o jovem, que foi baleado no rosto.
Depois do disparo, o candidato e o atirador fugiram do local. A bala atingiu o rosto da vítima, desceu pela via nasal e ficou alojada no pulmão. Raimundo foi levado ao Hospital de Base na data da ocorrência e passou por cirurgia.
Rubão foi indiciado pela polícia por tentativa de homicídio e lesão corporal, além de porte irregular de munição. O partido do qual o candidato é filiado, o PTB, enfatizou, em nota, que repudia a violência, “confia na competência das forças policiais do DF e aguarda apuração dos fatos”.
Rubão é ex-fuzileiro naval e ex-bombeiro militar. Ouvido pelo Correio após o episódio, Rubão defendeu que exercia o trabalho que compete a sua atividade. “Estava em local público, vieram cinco bombados e quebraram o meu som. Sou um senhor de 67 anos”, argumentou o político.
Ele pagou fiança e foi liberado. O caso segue sob investigação da 5ª DP.
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