Os candidatos ao Governo do Distrito Federal (GDF) apresentaram, em sabatina promovida pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese), as principais propostas de desenvolvimento para Brasília. O debate discutiu o documento elaborado pela entidade O DF que a Gente Quer — Visão 2022-2040, com propostas para o setor produtivo, regularização fundiária, segurança, entre outros temas. Nesta quarta-feira (31/8), cinco postulantes ao Buriti participaram do evento e tocaram em pontos sensíveis, como educação, saúde e geração de emprego.
Ao Correio, o presidente do Conselho, Leonardo Ávila, demonstrou entusiasmo com o sucesso da iniciativa, podendo levar demandas de interesse da população aos concorrentes ao GDF. “Todos os oito candidatos que vieram nos dois dias de sabatina assumiram o compromisso, caso eleitos, implantarem os projetos do Codese no governo. Os projetos foram desenvolvidos em prol do Distrito Federal”, destacou.
Empresário e candidato ao GDF, Paulo Octávio (PSD) defendeu ações voltadas à educação, durante a sabatina. “Eu sonho com uma cidade em que a gente possa, quem sabe daqui a quatro anos, colocar uma placa na entrada dizendo: ‘Aqui não temos analfabetos’”, disse. Ele admitiu que esse é um grande desafio para a cidade, mas que é necessário realizar uma busca ativa da população nesse perfil. “Encontrar esse cidadão de 40 ou 50 anos, que está, muitas vezes, constrangido, que não teve oportunidade. A gente tem que buscar ele em casa e fazer um mutirão de educação. O secretário de Educação que eu escolher terá um objetivo: zerar o analfabetismo na nossa cidade”, reforçou.
O senador e candidato ao Buriti Izalci Lucas (PSDB) salientou que a saúde será o ponto de partida para a gestão dele. “Prioridade total (à saúde), porque as pessoas estão morrendo por falta de atendimento. Temos que fazer, inicialmente, mutirões, campanhas e parcerias com a iniciativa privada. Temos que voltar a normalizar, implantando e prestigiando a atenção primária decente. Mas, para ser algo decente, precisamos conhecer o cidadão. A política pública existe para as pessoas”, afirmou. O senador ressaltou que um dos desejo dele à frente do Executivo local é trazer dignidade aos servidores das forças de segurança. “Temos policiais, hoje, com a autoestima lá embaixo, com várias promessas não cumpridas. Vamos abrir concurso e repor o contingente das polícias Militar, Civil, do Corpo de Bombeiros, dando uma condição mais digna”, completou.
O candidato a vice-governador na chapa de Leila do Vôlei (PDT), Guilherme Campelo, representou a senadora na sabatina, quando defendeu a importância da ampliação da rede educacional do DF. “Nós temos a intenção de criar, no contra-turno da noite, reforços para que tanto a melhor idade quanto os jovens que não estudaram tenham esse incentivo ao estudo”, adiantou.
Renan Arruda (PCO), foi o candidato que deu início às atividades da sabatina. Para ele, é urgente a construção de escolas e moradias. “Uma política voltada para a população. Nosso programa luta para a questão de um salário mínimo que atenda a família de quatro pessoas com educação e lazer de qualidade”, propôs. Quem encerrou o evento foi o jornalista Lucas Salles (DC), que defendeu ser necessária uma reformulação no Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF). “Eu penso em fortalecer também a Secretaria de Saúde com conceito de governança, e vamos usar a tecnologia para isso, para que tenhamos transparência dos serviços. Dinheiro tem. Temos R$ 9 bilhões. O que foi feito no atual governo foi a construção de estruturas, mas não se colocou médicos, enfermeiros e técnicos”, criticou.
A sabatina foi mediada pelos jornalistas Roberto Fonseca, subeditor de política do Correio Braziliense; Patrício Macedo, da TV Brasília; Henrique Chaves e Guilherme Portanova, ambos da TV Record. Cada candidato era questionado sobre os seis temas norteadores da Codese: desenvolvimento urbano; desenvolvimento econômico; cidadania e desenvolvimento social; sustentabilidade, tecnologia e inovação; eixo Brasília-Goiânia e RIDE; economia criativa, esporte, turismo e cultura.
*Estagiário sob supervisão de Guilherme Marinho