A guerra entre as duas maiores facções do Brasil, o Comando Vermelho (CV) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), teria motivado o assassinato de Geovane Reges Barbosa, 21 anos, morador de Águas Lindas de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. O jovem saiu de casa em 18 de junho para tocar em uma festa, desapareceu e teve o corpo encontrado em uma matagal de Brazlândia, quatro dias depois. Dois criminosos foram presos e um adolescente apreendido. A Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) divulgou a foto do terceiro suspeito considerado foragido. Trata-se de Lucas Campos de Araújo, 25 (veja a foto abaixo).
Antes de desaparecer, na noite de 18 de junho, Geovane encaminhou um áudio a um colega falando sobre um convite que havia recebido para tocar em uma festa em Padre Lúcio (GO). Dono de um carro automotivo, a ideia era de que o jovem levasse o veículo ao evento. Na ligação, a pessoa pede para que o jovem vá só ao evento, pois a dona da chácara não “iria gostar”.
Sem notícias do paradeiro do jovem, familiares e amigos começaram a divulgar fotos e informações que pudessem chegar ao motoboy. Na manhã de 19 de junho, o carro de Geovane foi encontrado carbonizado num matagal de Brazlândia. Dois dias depois, o jovem também foi localizado em área de mata em Águas Lindas (GO).
O crime
Apontado como o principal mentor do crime, Weberth da Silva Alves é integrante do PCC e, segundo as investigações, foi o responsável por armar a emboscada para assassinar Geovane. No dia do crime, o autor enviou mensagens à vítima perguntando se ela poderia tocar numa festa e combinou de se encontrarem em uma casa antes de ir para a “festa”. “Na verdade, não houve festa alguma. Assim que o Geovane chegou na residência, recebeu um golpe de mata leão e foi estrangulado com uma chave de fenda”, detalhou o delegado à frente do caso, Vinícius Máximo, da Delegacia de Águas Lindas.
Após matar o jovem, Weberth junto a outros três comparsas, incluindo Lucas e o adolescente, pegaram o carro de Geovane e foram até uma festa no Setor Norte de Brazlândia. Depois, tiraram o som do veículo e esconderam na casa do pai de um dos autores.
Com a prisão dos dois autores e a apreensão do adolescente, a polícia concluiu que, com base nos depoimentos, o homicídio teria sido motivado por uma rixa por pontos de drogas entre o CV e o PCC. Na delegacia, um dos autores alegou que Geovane era membro da facção carioca, o CV. A PCGO procura pelo terceiro envolvido. Lucas Campos de Araújo teve a foto divulgada pela corporação e responde por homicídio qualificado, furto, dano e corrupção de menores. Qualquer informação pode ser repassada pelos números 197; (62) 98413-8599; e (61) 3613-2648.