Candidata à vice-governadora do Distrito Federal pela chapa encabeçada por Ibaneis Rocha (MDB), a deputada federal Celina Leão (PP) destacou a necessidade de se olhar atentamente para a saúde, visando diminuir as sequelas deixadas pela pandemia. Em entrevista à jornalista Ana Maria Campos, a parlamentar afirmou que, com Ibaneis, pretende construir três hospitais. Um deles, em Brazlândia. "Foi publicado no Diário Oficial da União na quinta-feira. Estou muito feliz, é uma grande demanda da cidade. São R$ 21 milhões que colocamos, também tem um pedaço em contrapartida do GDF dentro desse recurso", detalhou, nessa segunda-feira (29/8), durante o CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília.
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Como estão as andanças pelo DF? O que a senhora mais escuta da população?
A aceitação do governador é muito positiva. Ele tem trabalho prestado. Inclusive, temos tentado nos desdobrar. Ele vai para um lado, às vezes, eu vou para outro, e temos agendas em comum durante o dia. A nossa coligação tem mais de 100 candidatos. Temos outra coligação, também, que nos apoia. Tenho tentado me desdobrar, para, na medida do possível, acompanhar Ibaneis. Mas, também, ampliar o número de agendas que temos feito.
Como compatibilizam os candidatos da coligação formal com a do União Brasil e dos Republicanos, que apoia a chapa Ibaneis e Celina, mas tem outra candidata ao Senado, que é a ex-ministra Damares Alves, e vocês têm a Flávia Arruda?
O candidato a governador do União e do Republicanos é o Ibaneis. Temos tentado estar com eles, também, para prestigiá-los. É muita honra ter duas candidatas ao Senado nos apoiando. Tem a nossa candidata oficial na nossa coligação, e outra que está na coligação do União e do Republicanos. Achei legal que, esses dias, eu vi uma entrevista da ex-ministra Damares dizendo que ela apoia o Ibaneis porque ele fez muito por Brasília. É o melhor para Brasília. Acredito que, na medida do possível, temos que prestigiar as duas candidatas. É claro que a Flávia é a nossa candidata oficial, mas recebemos o apoio da Damares com muito carinho e respeito que temos por ela.
Houve participação de vocês para evitar uma candidatura do senador Reguffe?
O Reguffe é uma pessoa que eu respeito muito, mas, na medida em que ele não tomava uma decisão, os partidos foram se organizando. Colocaram para ele a possibilidade de ter uma candidatura ao governo, nas condições em que o partido havia imposto. Foi uma decisão do próprio União (Brasil) com o Reguffe, até porque, acredito que seria uma incoerência nossa ter participação nisso. Na medida em que o Reguffe não teve condições dentro do seu partido ou o partido não teve condição de montar essa chapa com a Damares, onde eles ficaram sem candidato a governador, foi, aí, que fizemos o convite para apoiar o governador Ibaneis. Algo natural dentro da democracia. A partir do momento que o Reguffe não é candidato, quem não gostaria de ter o apoio da Damares ou de dois partidos grandes?
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A saúde é uma questão que preocupa o DF há muito tempo. Qual a proposta para a área?
Tivemos operações policiais em todos governos que passaram pela saúde. No governo do Rollemberg ou do Agnelo. Saúde é um espaço problemático, que é acompanhado de perto. Agora, não temos condições, muitas vezes, de atender toda a demanda que recebemos em Brasília. Porque recebemos demandas de outros Estados. Cerca de 30% dos nossos atendimentos são de pessoas de fora. E como é que você não atende? A nossa saúde tem que ser para todos, é universal, e a Constituição fala isso. Criamos sete novas unidades de pronto atendimento (UPAs). Contratamos quase 8 mil profissionais. Ampliamos a saúde. Não está bom ainda, estamos saindo de uma pandemia. Começamos com os mutirões de cirurgias nos hospitais particulares. Houve o credenciamento, e vamos de imediato fazermos 4 mil cirurgias.
O governador falou em construir três novos hospitais. Em quatro anos, é possível fazer isso?
É possível. Inclusive, (a construção) de um dos hospitais, que é o de Brazlândia e tem emenda (parlamentar) minha, foi publicado no Diário Oficial da União na quinta-feira. Estou muito feliz, é uma grande demanda da cidade. São R$ 21 milhões que colocamos, também tem um pedaço em contrapartida do Governo do Distrito Federal (GDF) dentro desse recurso. Mas a emenda é 100% nossa. Coloquei R$ 13 milhões, e o governo complementou. Acredito que vamos poder ampliar o hospital, também, do Gama. Já foi licitado, e a ordem de serviço saiu. Há também a ampliação do Hospital de Ceilândia que saiu. Mas precisamos investir um pouco mais na saúde. A saúde não é só construir hospital, quando você cria, também precisa contratar.
*Estagiário sob a supervisão de Guilherme Marinho