A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) concluiu as investigações acerca do assassinato de Brenda Pinheiro da Silva, 26 anos, morta com mais de 20 facadas, esquartejada, estuprada e carbonizada. O crime bárbaro ocorreu em maio deste ano e o corpo da jovem foi localizado em um matagal de Samambaia. Nesta sexta-feira (26/8), equipes da 26ª Delegacia de Polícia prenderam dois acusados dos crimes. O Correio apurou que um dos detidos é Eduardo Mendes de Oliveira, membro de uma facção do DF e mentor do crime.
O homicídio teria sido arquitetado por Eduardo. As investigações revelaram que o criminoso sentia ciúmes da relação de amizade entre Brenda e a ex dele, uma vez que as duas costumavam sair juntas para festas e barzinhos. “Ele já vinha ameaçando a vítima de morte. Em áudios que conseguimos ter acesso, ele dizia que iria acabar com a vida dela”, detalhou o delegado à frente do caso, Rodrigo Carbone, adjunto da 26ª DP.
Num plano macabro, Eduardo e Yuri Nunes Laurindo armaram uma emboscada para Brenda. Uma das linhas de investigação aponta que os autores chamaram a vítima para tomar uma cerveja e “apresentar” um amigo a ela. Noutra hipótese, a polícia acredita que a dupla sequestrou a jovem em um bar e a levou para a casa de um dos autores.
O crime
Segundo a polícia, na casa, Brenda foi esfaqueada 22 vezes. Há indícios de que ela tenha sido violentada sexualmente, pois o vestido que estava apresentava esperma. Dando sequência ao plano macabro, a dupla, na companhia de um terceiro rapaz identificado como Danylo Téo de Oliveira, levou o corpo da vítima até um matagal de Samambaia e, lá, decepou as mãos, as duas pernas e a carbonizou.
Brenda foi encontrada sem roupa, o que reforça a hipótese de estupro. “A maior dificuldade nas investigações, num primeiro momento, foi a identificação da vítima, uma vez que os autores deceparam as mãos e a intenção deles de não identificar rapidamente foi alcançada. Precisamos redobrar os esforços”, disse o delegado.
O corpo da jovem foi localizado em 7 de maio. Moradora do Recanto das Emas, a mulher que trabalhava com reciclagem deixou três filhos pequenos. O caso é investigado inicialmente como homicídio qualificado, mas não é descartada a hipótese de feminicídio.