A corrida por um lugar no segundo turno movimenta as campanhas ao Governo do Distrito Federal depois que a pesquisa Correio/Opinião apontou um jogo embolado entre pelo menos quatro candidatos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) lidera com 38,6% das intenções de votos, mas o cenário na primeira semana de disputa oficial indica que a eleição não deve ser decidida em 2 de outubro.
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Por isso, o candidato Paulo Octávio (PSD) que aparece em segundo lugar na pesquisa, com 11,2%, é o principal alvo de ataques, depois de Ibaneis, que tem sido muito bombardeado pelos adversários. A candidatura de Paulo Octávio já sofre duas impugnações, da coligação liderada por Ibaneis e do candidato Rafael Parente (PSB). As ações serão julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) até 12 de setembro.
Ibaneis quer herdar os eleitores de Paulo Octávio. Mas o candidato Izalci Lucas (PSDB) acredita que, se isso acontecer, será o principal beneficiado. "Temos a mesma base. Fomos do mesmo partido. O eleitor dele vota em mim", afirma Izalci, que tem 5,2% das intenções de votos, segundo a pesquisa Correio/Opinião.
No debate do Correio e TV Brasília, na semana passada, Izalci tentou desgastar Paulo Octávio, com um questionamento sobre a renúncia ao mandato de governador em 2010. Mas o empresário rebateu: "Éramos do mesmo partido e você sabe que não havia condições políticas e apoio partidário naquela ocasião".
Para Parente, o momento é de buscar espaço para se fazer conhecido e crescer nas intenções de votos. Na pesquisa Correio/Opinião, o candidato do PSB aparece com 2,3%, praticamente empatado com Keka Bagno, da federação PSol-Rede, que tem 2%. Por isso, ambos adotaram um tom bem crítico.
Além de impugnar a candidatura de Paulo Octávio, Parente fez críticas diretas ao empresário nas redes sociais e atacou diretamente Ibaneis no terceiro debate da campanha, na noite de terça-feira. O governador adota o estilo de demonstrar que não se abala com os petardos.
A senadora Leila Barros (PDT) tem condições de chegar ao segundo turno. Ela tem 8,1% das intenções de votos e, está empatada tecnicamente com Paulo Octávio, ou com Leandro Grass (PV), que registrou 5,6%, e Izalci Lucas, com 5%. Por isso, Leila tem trabalhado a imagem com o atributo da competência, para rebater críticas de que a ex-atleta do vôlei não tem experiência administrativa.