Organização criminosa

Facções do DF e de Goiás movimentaram R$ 1,3 bi com tráfico e assaltos

Numa megaoperação desencadeada nesta terça-feira (16/8), policiais civis de Goiás, do DF e do Paraná cumpriram 36 mandados de busca e apreensão contra integrantes das facções Amigos do Estado (ADE) e do Comboio do Cão. Mais de R$ 500 mil foi apreendido

Uma megaoperação coordenada pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO) cumpriu, nesta terça-feira (16/8), 36 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em oito cidades goianas e no Paraná. Os alvos são membros das facções Amigos do Estado (ADE) e do Comboio do Cão, acusados de movimentar cerca de R$ 1,3 bilhão nos últimos três anos com a prática de assaltos e tráfico de drogas.

As investigações conduzidas pelo Grupo de Repressão a Narcóticos (Genarc) e Grupo de Investigação de Homicídios (GIH) de Trindade (GO) iniciaram no final de 2019. Nesse período, os policiais descobriram que 11 empresas dos ramos mais diversificados (borracharia, material de construção, revenda de carros) e situadas em cidades goianas recebiam depósitos de traficantes menores. Desses 11 estabelecimentos, nove ficam em Trindade. “Ao final, o dinheiro ia para uma empresa de minério de ouro, em Rondônia. Normalmente, eles faziam a extração fictícia e causavam como se fosse uma venda”, explicou, ao Correio, o delegado-chefe do Genarc, Douglas Pedrosa.

PCGO/Divulgação - Mais de R$ 500 mil apreendidos em operação
PCGO/Divulgação - Investigados estão ligados a maior facção goiana, o ADE
PCGO/Divulgação - Oito armas foram apreendidas
PCGO/Divulgação - Polícia continua com as investigações
PCGO/Divulgação - Foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão

Durante a operação denominada Ouro de Tolo, a polícia apreendeu R$ 500 mil e oito armas em endereços ligados aos investigados. No DF, foram cumpridos dois mandados de busca em Águas Claras e em Samambaia. Segundo o delegado, os cumprimentos judiciais na capital estão relacionados a dois membros do Comboio do Cão — maior facção do DF. “Constatamos que os integrantes do ADE forneciam drogas para o Comboio. Essa é uma prova de que as facções estão crescendo e se espalhando”, frisou.

O próximo passo das investigações é analisar os materiais apreendidos para conseguir provas e solicitar à Justiça mandados de prisão preventiva. A operação contou ainda com o apoio de policiais civis do DF e do Paraná.

Saiba Mais