A força-tarefa de enfrentamento à covid-19 do Ministério Público do Distrito Federal e dos Territórios (MPDFT) se reuniu com representantes da Secretaria de Saúde (SES-DF) para cobrar do governo local as medidas de combate e prevenção à varíola dos macacos. O MPDFT entende que é necessário esclarecer a população sobre os sintomas e as formas de acompanhamento da monkeypox. No Distrito Federal, já existe transmissão comunitária da doença, ou seja, já não é possível rastrear onde o indivíduo contraiu o vírus.
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Para o coordenador da força-tarefa e procurador de Justiça Eduardo Sabo, o atendimento precoce e isolamento das pessoas infectadas são fundamentais para o controle da doença. “O sistema de saúde pública precisa estar preparado para dar o correto encaminhamento dos contaminados pela nova varíola. Além disso, a população precisa estar atenta aos primeiros sinais para que o índice de transmissão seja controlado”, destacou o procurador.
Procurada para falar sobre a reunião com MPDFT, em nota, a Secretaria de Saúde informou que a orientação para pacientes com suspeita ou sintomas de infecção por monkeypox é procurar atendimento médico, tendo sempre como referência a UBS da região onde mora. A pasta diz que durante a consulta, o profissional avalia o quadro do paciente e, se necessário, solicita o exame laboratorial.
A pasta acrescenta que trabalha no aperfeiçoamento do plano de contingência da varíola do macaco no Distrito Federal. Todas as informações estão disponíveis no site www.saude.df.gov.br/monkeypox.
Covid-19
Em relação a covid-19, foram debatidas quais providências devem ser tomadas para assegurar a diminuição da taxa de transmissão do vírus. Além disso, os órgãos debateram sobre a viabilização das cirurgias eletivas que, atualmente, contam com uma lista de espera de 26 mil pessoas, além dos atendimentos de urgências e emergências.
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O que é a monkeypox?
A doença viral é transmitida pelo contato pessoal prolongado com as secreções ou diretamente com as lesões do animal ou do humano infectado. Os sintomas são febre, dor de cabeça, dor no corpo, linfonodos (ínguas) e lesões cutâneas semelhantes às da catapora.
A incubação é de uma a duas semanas, podendo chegar até a 21 dias. Não há tratamento específico e o doente só deixa de transmitir após a queda das crostas das lesões.