A Delegacia Especial do Meio Ambiente (Dema) investiga a morte de um gato ocorrida em uma área de cerrado, na região da Universidade de Brasília (UnB), no sábado. O corpo do felino foi encaminhado ao Instituto de Criminalística para ser periciado. A suspeita é de que o bicho tenha contraído raiva. A doença causou a morte de um estudante da instituição. Não havia ocorrências do vírus em pessoas no Distrito Federal desde 1978. O caso é apurado, inicialmente, como "perigo para a vida ou a saúde de outrem".
A UnB destaca que vai requisitar informações à Dema sobre o local exato de onde o felino morto foi encontrado para saber se estava na área pertencente ao campus da universidade. A instituição detalha que "dispõe de uma técnica especialmente designada para esse controle dos felinos encontrados no campus. Entre março e julho de 2022, mais de 100 gatos foram vacinados", explica o documento.
A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) aguarda o resultado da perícia. Em nota, a Secretaria de Saúde do DF informou que a Diretoria de Vigilância Ambiental em Saúde (Zoonoses) não foi acionada para averiguar a morte do gato. O órgão é responsável pela prevenção, pelo controle e pelo monitoramento de animais com suspeita de infecção ou óbito por raiva e demais doenças.
Raiva
A suspeita da doença aumenta por conta do caso recente de um jovem, que tinha entre 15 e 18 anos, que morreu de raiva humana em 30 de julho. No Distrito Federal, não havia registro da doença em pessoas há 44 anos.
O jovem estava internado desde 20 de julho em um hospital particular. A suspeita é de que o rapaz foi infectado pela gata de estimação. Ela o teria arranhado em 15 de maio. No entanto, a família afirma que o animal permanece saudável e passou por exames, o que descarta a "hipótese sustentada pelas autoridades sanitárias".
Vacinação
A campanha de vacinação antirrábica imunizou 159.027 animais no DF, sendo 29.211 gatos e 129.816 cachorros. A Secretaria de Saúde reforça que a imunização vai até setembro.
A pasta oferece 18 pontos de vacinação espalhados pela capital do país, inclusive com ações de busca ativa em regiões administrativas e núcleos rurais.
*Estagiário sob a supervisão
de Guilherme Marinho