Estudantes de escolas do DF ficam mais de 1 hora esperando ônibus escolar

O episódio aconteceu nesta terça-feira (30/8), em Samambaia. Os estudantes da Escola Classe 425 e da Escola Classe 415 teriam que chegar de volta às unidades por volta de 17h30, mas as últimas turmas foram entregues às 19h

Edis Henrique Peres; Pedro Marra

postado em 31/08/2022 11:02 / atualizado em 31/08/2022 11:15

(crédito: Cedido ao Correio)

Os estudantes das Escolas Classes 415 e 425 de Samambaia ficaram mais de uma hora esperando o transporte escolar na tarde desta terça-feira (30/8). Atualmente, os alunos estão alocados em um prédio alugado do Vital Brasil, devido à reconstrução dos centros de ensino em que estudam. No entanto, o ônibus que os deixaria de novo nas escolas atrasou mais do que o esperado, e pais, alunos e professores ficaram sem saber o que estava acontecendo.

Diretor do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro), Samuel Fernandes explica que os estudantes da Escola Classe 425 estão desde o começo do ano no prédio alugado. “Nesta semana, a escola (classe) 415 também foi mandada para lá. Mas desde o início do ano está tendo problema com o ônibus. Eles fazem duas viagens, deixam uma parte e depois buscam o resto dos estudantes. Isso já causa um prejuízo pedagógico”, aponta Samuel.

Samuel alerta que esse tipo de episódio “nunca deveria acontecer”. “O Estado tem que ter esse cuidado, o ônibus tem que estar à disposição para no horário devido buscar os estudantes e deixá-los em casa”, defende o diretor do Sinpro.

Ao Correio, a diretora da Escola Classe 415, Josefa Lopes Nicácio destacou que a unidade está em um período de adaptação. “Nossa escola, ontem, estava no segundo dia vindo aqui para o Vital Brasil. E o atraso dos alunos foi ocasionado devido ao atraso dos ônibus, é um efeito dominó. O normal seria os alunos chegarem na Escola às 17h35, mas nesse horário ainda não havia nenhum ônibus aqui”, pontua. A mudança da EC 415 é devido à construção de uma nova unidade do centro de ensino. Para ir ao colégio, os alunos vão para a EC 415, pegam o ônibus escolar e são deixados no Vital Brasil.

No fim das aulas, eles pegam o transporte novamente e voltam para a EC 415. “Hoje ainda estamos no terceiro dia de aula aqui. E o atraso foi porque o ônibus (que buscaria os alunos) estava atendendo outros estudantes e como era horário de pico, atrasou. Com isso, as nossas últimas turmas chegaram na EC 415 por volta de 19h15”, detalha.

A reportagem acionou a direção da EC 425, mas não obteve retorno. Em nota, a Secretaria de Educação explicou que o serviço de transporte escolar é ofertado aos alunos da rede pública por meio de veículos da frota própria da Secretaria de Educação e de veículos de empresas terceirizadas. "As unidades escolares vinculadas à Coordenação Regional de Ensino de Samambaia que utilizam o serviço são atendidas em sua maioria pela empresa GP Silva Transportes Eirelli, que tem contrato firmado desde 09/03/2021", detalha.

Na terça-feira, contudo, a Regional de Ensino de Samambaia solicitou quatro veículos extras para o transporte de 176 estudantes de duas escolas da cidade até o Palácio do Itamaraty, para visitação à mostra "Relíquias do Imperador", segundo a pasta.

"Ocorre que os veículos disponibilizados pela empresa para a visita em questão foram os mesmos utilizados para o transporte dos alunos das escolas classe 415 e 425, que estudam provisoriamente no prédio da antiga escola Vital Brasil em virtude da reconstrução das unidades de origem", afirma a nota.

O texto complementa que com "o atraso na visitação por conta da logística coordenada pelo cerimonial do Itamaraty - com visitas guiadas a 19 estudantes por vez, além de problema mecânico em um veículo da empresa - o retorno dos alunos da escolas classe 415 e 425 do Vital Brasil ao final dia sofreu um atraso", diz. 

A Secretaria acrescenta que a "Regional de Ensino de Samambaia realizou esforços no sentido de viabilizar junto à empresa outros veículos para o atendimento das escolas 415 e 425. No entanto, a contratada não disponibilizou ônibus extras. A empresa será notificada para justificar o ocorrido, podendo sofrer as sanções contratuais".