Estelionato

Técnico que denunciou acusada de aplicar golpe do PIX é demitido

Ana Cristina foi indiciada por estelionato pela Polícia Civil do DF. Em entrevista concedida ao Correio em junho, ela alegou que o homem quis se vingar dela

Darcianne Diogo
postado em 29/08/2022 13:28 / atualizado em 29/08/2022 13:39
 (crédito: Redes sociais)
(crédito: Redes sociais)

O homem responsável por denunciar a mulher acusada de aplicar o golpe do PIX foi demitido pelo Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MDFDH). O próprio órgão confirmou a informação por meio de nota oficial. O funcionário terceirizado foi o mesmo que registrou boletim de ocorrência contra Ana Paula Santos do Nascimento, 30 anos, a acusando de seduzi-lo, fazer propostas de cunho sexual para, depois, pedir dinheiro via PIX. Em entrevista ao Correio concedida em junho, ela negou o crime.

O funcionário presta serviços à empresa G4F e trabalhava na área técnica administrativa do MDH. Em nota, a pasta esclareceu que o homem foi desligado do cargo no começo de julho por apresentar um "rendimento técnico insatisfatório e aquém do nível necessário para o posto que ocupava (o mais alto de terceirização contratado)". O pedido foi encaminhado à empresa em 6 de julho pela coordenação-geral onde prestava serviços. "Dessa forma, reforça-se que o colaborador foi devolvido por seu desempenho, cabendo à empresa, que mantém o vínculo empregatício com ele, decidir a destinação de seu funcionário", frisou o órgão.

Acusação

Indiciada pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) por estelionato, Ana Cristina alegou ter sido vítima de uma vingança por parte de um homem ao se negar a manter relações sexuais com ele. As investigações conduzidas pela 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho) começaram após um homem registrar boletim de ocorrência alegando ter sido vítima de estelionato amoroso.

Em depoimento, o rapaz disse que Ana o seduziu com falsas promessas de cunho amoroso e pedia dinheiro frequentemente para gastos supérfluos, como salão de beleza, bronzeamento superficial e compras de roupas. Em mensagens de WhatsApp colhidas pela polícia, a jovem diz: "Então, me dá o bronze para eu fazer amanhã cedo. É R$ 159. Já vou marcar. Transfere o valor do bronze.”

Ana Paula contou em entrevista que, o fato de se negar a beijar e a manter relações sexuais com o homem, possa ter causado revolta nele. Num dos encontros dos dois, numa casa de shows do Setor de Indústria e Abastecimento (SIA), ela relata que se encontrou com outros amigos e chamou o técnico para sentar na roda, mas ele teria ficado com raiva e voltado para a casa. “Ele virou para mim e disse que havia feito o PIX do bronzeamento, mas que ainda não tinha visto o resultado", disse.

No fim de semana seguinte, Ana e o técnico estiveram num evento realizado na casa de uma das amigas de Ana. Na festa, o técnico teria oferecido PIX a todas as mulheres, menos a ela por ainda estar com raiva. “Tudo que ele fez de PIX para mim deu, no total, R$ 576.” No último encontro, em um bar do Sudoeste, a jovem diz que bebeu apenas uma dose e saiu para outro lugar, mas que, em depoimento, o homem alegou que teria gastado R$ 840 com ela. “Nós nem estávamos conversando direito. Eu retornei depois apenas para ir embora com minha amiga. Ele não pagou absolutamente nada para mim”, defendeu à época.

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