ELEIÇÕES 2022

Com disputa por vaga no 2º turno, ataques entre adversários devem crescer

Com Ibaneis Rocha isolado na frente, candidatos ao Palácio do Buriti intensificam campanha para provocar uma nova rodada de votação em outubro

Ana Maria Campos
postado em 25/08/2022 05:52 / atualizado em 25/08/2022 05:53
Debate entre candidatos ao Palácio do Buriti promovido pelo Correio e pela TV Brasília, na última quinta-feira (18/8)  -  (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)
Debate entre candidatos ao Palácio do Buriti promovido pelo Correio e pela TV Brasília, na última quinta-feira (18/8) - (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press)

A corrida por um lugar no segundo turno movimenta as campanhas ao Governo do Distrito Federal depois que a pesquisa Correio/Opinião apontou um jogo embolado entre pelo menos quatro candidatos. O governador Ibaneis Rocha (MDB) lidera com 38,6% das intenções de votos, mas o cenário na primeira semana de disputa oficial indica que a eleição não deve ser decidida em 2 de outubro.

Por isso, o candidato Paulo Octávio (PSD) que aparece em segundo lugar na pesquisa, com 11,2%, é o principal alvo de ataques, depois de Ibaneis, que tem sido muito bombardeado pelos adversários. A candidatura de Paulo Octávio já sofre duas impugnações, da coligação liderada por Ibaneis e do candidato Rafael Parente (PSB). As ações serão julgadas pelo Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal (TRE-DF) até 12 de setembro.

Ibaneis quer herdar os eleitores de Paulo Octávio. Mas o candidato Izalci Lucas (PSDB) acredita que, se isso acontecer, será o principal beneficiado. "Temos a mesma base. Fomos do mesmo partido. O eleitor dele vota em mim", afirma Izalci, que tem 5,2% das intenções de votos, segundo a pesquisa Correio/Opinião.

No debate do Correio e TV Brasília, na semana passada, Izalci tentou desgastar Paulo Octávio, com um questionamento sobre a renúncia ao mandato de governador em 2010. Mas o empresário rebateu: "Éramos do mesmo partido e você sabe que não havia condições políticas e apoio partidário naquela ocasião".

Para Parente, o momento é de buscar espaço para se fazer conhecido e crescer nas intenções de votos. Na pesquisa Correio/Opinião, o candidato do PSB aparece com 2,3%, praticamente empatado com Keka Bagno, da federação PSol-Rede, que tem 2%. Por isso, ambos adotaram um tom bem crítico.

Além de impugnar a candidatura de Paulo Octávio, Parente fez críticas diretas ao empresário nas redes sociais e atacou diretamente Ibaneis no terceiro debate da campanha, na noite de terça-feira. O governador adota o estilo de demonstrar que não se abala com os petardos.

A senadora Leila Barros (PDT) tem condições de chegar ao segundo turno. Ela tem 8,1% das intenções de votos e, está empatada tecnicamente com Paulo Octávio, ou com Leandro Grass (PV), que registrou 5,6%, e Izalci Lucas, com 5%. Por isso, Leila tem trabalhado a imagem com o atributo da competência, para rebater críticas de que a ex-atleta do vôlei não tem experiência administrativa.

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