Após decisão da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a Inframerica, concessionária do Aeroporto de Brasília, informou que não será mais obrigatório o uso de máscara nas salas de embarque do terminal aéreo e dentro das aeronaves. Na última quarta-feira (17/8), a Anvisa retirou a obrigatoriedade do equipamento em aeroportos e aeronaves. Segundo a Agência, a decisão veio após uma robusta avaliação do cenário epidemiológico brasileiro e mundial.
A Inframerica afirma que o uso do acessório em áreas de livre circulação, como saguão de check-in e desembarque, era facultativo desde março deste ano. Apesar do fim da obrigatoriedade, a Anvisa continua recomendando a utilização de máscaras, inclusive por meio de avisos sonoros veiculados nas aeronaves.
A disponibilização de álcool em gel em aeroportos e aeronaves, a realização de procedimentos de limpeza e desinfecção, o funcionamento otimizado de sistemas de climatização e o desembarque organizado por fileiras são medidas de proteção que ainda devem ser mantidas.
Para Jonas Brant, epidemiologista e coordenador da Sala de Situação de Saúde da Universidade de Brasília (UnB), a decisão da Anvisa é problemática. “A medida da Anvisa passa uma mensagem de que uma das áreas que é respaldada pela ciência acha que as máscaras já não são mais necessárias”, afirma.
O profissional da saúde enxerga a resolução da Agência como uma forma de banalizar o risco de infecção por covid-19. “Essa decisão acaba sugerindo que a situação está tranquila, sendo que, quando analisamos dados do Brasil, vemos que o número de mortes continua muito alto. São mais de 200 mortes por dia que não deveriam estar sendo tratadas como algo banal”, argumenta.
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