O homem preso suspeito de participação em um assassinato brutal em Santa Maria foi solto após prestar depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF). Vinícius Carvalho de Sousa, 21, negou envolvimento no crime contra Murilo Braga de Carvalho, 26, e alegou não estar em casa no momento do homicídio. A vítima foi esfaqueada diversas vezes, teve os olhos arrancados e as orelhas decepadas.
O Correio apurou que, durante o interrogatório na 33ª Delegacia de Polícia (Santa Maria), Vinícius contou que saiu de casa por volta de 00h e foi dormir na casa da mãe. Após a declaração, a polícia decidiu soltar o suspeito.
O crime ocorreu durante a madrugada, por volta das 4h, na QR 312 do Conjunto L. Uma mulher, que preferiu não se identificar, contou ao Correio que ouviu gritos vindos da casa. Ela soube do ocorrido logo depois e, pela manhã, ao sair para ir ao banco, se deparou com os suspeitos dentro de uma Blazer, estacionada próximo à residência. Num outro depoimento, uma segunda testemunha relatou que a gritaria começou por volta das 22h30 de terça-feira (16/8). Ainda à polícia, uma terceira pessoa alegou ter visto o momento em que os assassinos carregaram um corpo envolto em lençóis e o abandonaram no meio da rua.
Sem passagens pela polícia, Murilo foi encontrado com os olhos furados, as orelhas arrancadas e com inúmeras marcas de faca pelo corpo.
Suspeito
Menos de 10 horas após o crime, Vinícius, inquilino da casa onde ocorreu o homicídio, foi preso na residência de uma amiga, a poucos metros de distância. O suspeito teve a liberdade provisória concedida pela Justiça em fevereiro deste ano, após ser preso pela Polícia Militar do DF por tráfico de drogas, em janeiro. Na ocasião, os militares apreenderam cocaína, maconha e balança de precisão na casa do suspeito. Na decisão, o juiz determinou o uso da tornozeleira eletrônica até abril e elencou uma série de regras, como a permanência em casa das 20h às 6h.
A reportagem esteve na casa onde Murilo foi morto. O barraco com apenas três cômodos pequenos compõe um lote maior com outras duas casas. Logo ao entrar na residência, já era possível ver as marcas de sangue no chão da cozinha. Na pia, garrafas de bebidas alcoólicas e objetos jogados sob o fogão e no chão. No banheiro, também há marcas evidentes de um crime brutal. E no único quarto da casa, mais sangue e roupas e tênis espalhados.
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