Já se vão 13 anos que Brasília teve o seu primeiro festival de carne suína promovido pela Abrasel com a participação de 32 restaurantes. Muitos foram extintos, como o memorável O Convento e o mais recente Feitiço Mineiro. O sucesso se repetiu por nove edições durante as quais cresceu o entusiasmo pelo consumo da carne, que naquela época começava a quebrar tabu. O principal dizia respeito à falta de higiene na criação do animal, que por ser sujo e gordo poderia causar doenças.
O preconceito foi vencido graças à tecnologia usada nos criatórios e ao reconhecimento do inigualável sabor suíno, que chegou até a alta gastronomia, além do surgimento de novas raças. Uma delas teve enorme destaque. É a duroc, que pela suculência, pela maciez e pelo nítido gosto vai ganhar um festival para chamar de seu.
Entre 29 de agosto e 18 de setembro, o brasiliense poderá se deliciar com pratos inéditos do Festival Porco Rústico Duroc, que se realiza, pela primeira vez na cidade, como opção gastronômica apresentada em 28 restaurantes. O menu possui duas faixas de preços: R$ 55,50 e
R$ 75,70, ficando a cargo de cada casa escolher aquela que melhor se adéqua à sua receita.
Bisteca fiorentina
A maioria dos chefs e restaurateurs visitou na quarta-feira, a fazenda Miunça (foto), na DF-295, distante 70 quilômetros da Rodoviária do Plano Piloto, onde tudo começou. Foi o produtor rural e zootecnista Alexandre Cenci quem importou as primeiras matrizes da raça duroc, trazidas de avião dos Estados Unidos, em abril de 2020. Com 200 fêmeas e 50 machos reprodutores, selecionados geneticamente, teve início a produção suína, cuja "alta qualidade com mais coloração e marmoreio garante uma experiência gastronômica diferenciada da carne de porco tradicional", explica Alexandre Cenci.
Menos de dois anos mais tarde, bons cortes de duroc chegavam ao mercado em uma iniciativa da Hartos Agropecuária, empresa de Censi, em parceria com a Casa do Holandês, cujo titular, Raymond Graumans, realiza os cortes, e a Malunga, de Joe Valle, que ofereceu o produto, primeiro, na loja do Sudoeste. Os três parceiros contaram com o entusiasmo e a orientação do chef Francisco Ansiliero, mestre no preparo da carne suína, que acaba de encomendar ao holandês o corte duroc semelhante ao da bisteca fiorentina. A ver no fest.
Slow Filme vem completo
Pioneiro em conectar cinema e alimentação no Brasil, o Slow Filme traz, este ano, muitas atrações além de fitas inéditas. Uma vasta programação que reúne debates, oficinas com degustações e até incursão pelo bioma do cerrado está prevista no Festival Internacional de Cinema e Alimentação, a se realizar de quarta-feira a domingo, no Cine Brasília e no Espaço Cultural Renato Russo.
Com curadoria do professor, cineasta e crítico Sérgio Moriconi, o Slow Filme vem sendo realizado desde 2010 pela Objeto Sim Projetos Culturais e, até 2018, na cidade turística de Pirenópolis, em Goiás. Após uma interrupção de dois anos em função da pandemia do novo coronavírus, o festival volta fortalecido às telas do Cine Brasília, em formato presencial.
Uma das atividades paralelas será o Slow Wine, na manhã de sexta-feira, 26, no foyer do Cine Brasília, onde o enólogo Carlos Sanabria irá apresentar seus vinhos naturais com uvas do cerrado, produzidos na região do Paranoá. Outra atração será percorrer com Fábio Neves Vieira, idealizador do Projeto Hortelão, uma quadra da cidade para conhecer as plantas alimentícias não convencionais (Pancs).
Estreias
Os Caçadores de trufas, que conta a história de um grupo de idosos em busca da desejada trufa branca de Alba, no Piemonte italiano, abre, na noite de quarta-feira, o festival no qual serão exibidos 22 títulos produzidos em 13 países, inclusive o Brasil, como Mercearias de Beagá (foto), de Marcos Lôndero e Nani Rodrigues; e O branco da raiz, de Anderson Barbosa.
Pela primeira vez, será exibido o documentário brasileiro Antes do prato, realizado pelo Greenpeace com direção de Carol Quintanilha. Destaques entre outros para o francês À procura de mulheres chefs; o australiano As sementes de Vandana Shiva; e o espanhol Constante y El Floridita, de Hemingway, sobre o bar que conquistou o escritor batizado pelo proprietário de "O rei dos daiquiris". A entrada é franca, veja programação completa no www.objetosim.com.br.
Costelão do bem
A Comunidade Evangélica de Confissão Luterana de Brasília (CECLB), conhecida pela qualidade da mesa beneficente, retoma, depois de dois anos, evento presencial com a realização no domingo, 28 de agosto, do 15º Costelão Gaúcho, iguaria de carne bovina assada lentamente no fogo de chão, no estilo consagrado nos pampas do Rio Grande do Sul. Será servido acompanhado de feijão tropeiro, mandioca, arroz e salada, a partir das 12h na EQS 405/406 Sul. Sai por R$ 45 adultos e R$ 22, crianças de 7 a 12 anos. Haverá venda de bebidas, cucas, sobremesas e um bazar de variedades. Reservas devem ser feitas até domingo, 21 de agosto, pelo telefone 98568-2020.
Marie na Casa Cor
Cassoulet, entrecôte e coq au vin vão fazer parte do menu do Marie Cuisine, presente na edição comemorativa dos 30 anos da Casa Cor, mostra de arquitetura, decoração e design que este ano terá lugar na Arena BRB, ex-Mané Garrincha, de 3 de setembro a 2 de novembro. Localizado na 103 Sul, o restaurante de culinária franco-italiana integra o grupo Famiglia Papà, que conta com Papà Cucina e Babbo Osteria, sob o comando de Carlos Rodrigues, o Carlão (foto).
Borbulhas à vista
Rodrigo Leitão, Emilia Carvalho e Sergio Albuquerque retomaram o Brinda Brasil, cuja 10ª edição será realizada no Brasília Shopping, em 16 e 17 de setembro, a partir das 18h. Já são 16 vinícolas confirmadas, entre elas, Família Geisse, Garibaldi, Luiz Argenta, Valduga e Suzin. A feira contará com produtos Vinotage, queijos da serra de Minas, embutidos de Pirenópolis e geleias elaboradas com espumante por Renata Mandelli. Ingressos à venda na Bilheteria Digital: primeiro lote por R$ 125, até 31 de agosto.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.